O Fundo de Investimentos Diretos da Rússia (RDIF, fundo soberano de riqueza da Federação da Rússia), a empresa União Química Farmacêutica Nacional e o governo do Paraná anunciam hoje (30) que foi realizada a pré-submissão à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) dos documentos preliminares para registrar a vacina russa "Sputnik V".
A Sputnik V, produzida pelo Centro Nacional de Pesquisas em Epidemiologia e Microbiologia Nikolay Gamaleya, recebeu um certificado de registro do Ministério da Saúde da Rússia, tornando-se a primeira vacina contra o novo coronavírus (Sars-CoV-2) registrada no mundo.
De acordo com o RDIF, os esforços de todas as entidades e pessoas envolvidas no desenvolvimento, testes e produção da vacina Sputnik V no Brasil visam assegurar, o quanto antes, a disponibilidade da vacina para a população com base em princípios de transparência, segurança e eficácia.
No dia 4 de setembro, uma das principais revistas médicas do mundo, a The Lancet, publicou um artigo científico com os resultados das fases 1-2 dos ensaios clínicos da vacina, que demonstrou a ausência de eventos adversos graves e a formação de uma resposta imunológica estável em 100% dos participantes do estudo.
Atualmente, o estudo pós-registro da Sputnik V
continua com a participação de 40 mil voluntários. Ao mesmo tempo, mais de 60 mil pessoas expressaram sua vontade de se voluntariar para o estudo. Os primeiros resultados de pós-registro devem ser publicados em outubro-novembro de 2020.
Para Kirill Dmitriev, o CEO do Fundo de Investimentos Diretos da Rússia, o RDIF e a União Química, com o apoio do Paraná, cooperam de forma proativa com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária do Brasil. "Que tem desempenhado um papel fundamental e sensível para registrar, o quanto antes, a vacina Sputnik V no país. O registro permitirá passar à produção, bem como à distribuição da vacina no território brasileiro em breve. Enquanto a situação com a pandemia do coronavírus no mundo ainda não está melhorando, a parceria em relação à vacina “Sputnik V” permitirá coordenar os esforços dos nossos países e disponibilizar à população brasileira uma vacina segura e eficaz, baseada na plataforma bem estudada de vetores adenovirais humanos”, afirmou Dmitriev.