Cunha é crítico da polarização e da politização do debate sobre vacinas no Brasil
Foto: Governo do Estado de São Paulo/Divulgação
Cunha é crítico da polarização e da politização do debate sobre vacinas no Brasil

A Sociedade Brasileira de Imunização (SBIm) diz que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) não pode levar dois meses para aprovar o registro de uma vacina contra a Covid-19.

Em entrevista ao UOL, o presidente da entidade, Juarez Cunha, também disse que é egoísta quem não se vacina, além de ver a desinformação como um dos principais obstáculos contra a imunização.

"Nesse momento, em que estamos perto de mil mortos por dia, não podemos pensar em 60 dias [para a liberação] porque seriam quase 60 mil mortos", diz Cunha. "Precisamos pensar em quanto mais rápido isso [análise de registro] puder ser feito", acrescentou.

Cunha destaca ainda que o período citado pela Anvisa é de até dois meses, mas "pode ser muito rapidamente". "Todos os órgãos regulatórios precisam de um tempo para avaliar", diz. Mas lembrou que autorizações emergenciais no exterior se deram dias após o pedido, como aconteceu com a vacina da Pfizer nos Estados Unidos. Uma lei sancionada em maio que autoriza à Anvisa importar materiais e insumos de saúde que tenham sido certificados por outras agências reguladoras estrangeiros.

O presidente da SBIm criticou o governo federal após uma série de contradições nos discursos. Como, por exemplo, o prazo de avaliação de uma vacina, de 60 dias. "A comunicação está sendo falha", diz Cunha.

Ele considera que o motivo é político. "Nunca perdemos tanto tempo discutindo coisas que não deveriam estar sendo discutidas por causa da polarização, da politização." Atualmente, os principais embates se dão entre o governo federal e o governo paulista.

Fonte: UOL

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