Covid-19 já matou mais de 1,6 milhão de pessoas no mundo
Foto: Alex Pazuello/Semcom
Covid-19 já matou mais de 1,6 milhão de pessoas no mundo

Há pouco mais de um ano, o mundo assistiu, ainda com desconfiança, a confirmação do primeiro caso  de Covid-19, registrado oficialmente em Wuhan, na China, no dia 1º de dezembro de 2019. A cidade chinesa, na época, era considerada como o  epicentro da doença.

Desde o início da crise de saúde até o dia 18 de dezembro de 2020, o novo coronavírus (Sars-CoV-2) já matou mais de 1,6 milhão de pessoas em todo o mundo e infectou 75 milhões. 

Início na China

No dia 31 de dezembro de 2019, as autoridades chinesas alertaram a Organização Mundial de Saúde (OMS) sobre a possível epidemia, revelando os primeiros sintomas da Covid-19. 

Em janeiro, o Centro de Controle e Prevenção de Doenças chegou a classificar que um grande mercado de frutos do mar, em Wuhan, tenha sido a origem das infecções. Por isso, o comércio no local foi fechado para limpeza e desinfecção.

No dia 11 de janeiro, a China confirmava a primeira morte pela doença. O paciente, de 61 anos, estava internado com dificuldades respiratórias e pneumonia grave, o que resultou em uma parada cardíaca. 

Em fevereiro, os dois aviões da Força Aérea Brasileira com os 31 brasileiros que estavam na China, na província de Hubei, pousaram na Base de Anápolis. 

Após a China anunciar as primeiras mortes, com o crescimento desenfreado de registros, outros países passaram a relatar casos, como Tailândia, Austrália e Estados Unidos, e a adotar ações em portos e aeroportos.

OMS declara pandemia do novo coronavírus

Mas, apenas no mês de março, a OMS declara estado de pandemia e os italianos passaram a viver no epicentro da doença: até o fim daquele mês, mais de 10 mil mortes tinham sido confirmadas.

Na ocasião, a OMS previa que o número de pacientes infectados, de mortes e de países atingidos aumentaria nos próximos dias. "A descrição da situação como uma pandemia não altera a avaliação da OMS da ameaça representada por esse vírus. Isso não muda o que a OMS está fazendo nem o que os países devem fazer", afirmou Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor-geral da OMS.

As cenas da pandemia na Itália chocaram o mundo.  Na cidade de Bergamo, a saída de comboio do Exército com centenas de caixões sendo levados para cremação foi uma das principais. 

No Brasil, a primeira vítima da Covid-19 foi Rosana Aparecida Urbano, 57 anos,  foi internada, no dia 11 de março, no Hospital Municipal Doutor Carmino Cariccio, na Zona Leste de São Paulo, mas faleceu no dia seguinte. Diabética e hipertensa, morreu às 19h15 da noite seguinte, 12 de março, após uma parada cardiorrespiratória.

Fronteiras contra a Covid-19

Mesmo após a OMS declarar a pandemia, governos de todo o mundo resistiram em fechar suas fronteiras em um primeiro momento. Com o aumento dos casos e das mortes, a medida foi adotada e no mundo inteiro, ruas ficaram vazias e o comério que não era considerado essencial foi fechado.

Em abril, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) exonerou o então ministro da Saúde,  Henrique Mandetta, após divergências sobre medidas de contenção do vírus. No lugar, foi nomeado Nelson Teich, que também foi exonerado, um mês depois.

Em maio, o presidente norte-americano, Donald Trump, oficializou a proibição da entrada no país de pessoas que estiveram no Brasil. Em nota enviada pela Casa Branca, Trump informou que o Centro para Controle e Prevenção de Doenças  (CDC) determinou que o Brasil está "experienciando uma transmissão generalizada e contínua de pessoa a pessoa" do novo coronavírus.

Na ocasião, segundo ele, o potencial de transmissão não detectada do vírus por passageiros vindos do país "ameaça a segurança do sistema de infraestrutura de transportes e a segurança nacional" norte-americana.

Em maio, na Europa, a pandemia já começava a desacelerar e no Brasil, com o fechamento do comércio, cancelamento de eventos e aumento no números de casos e óbitos, a economia estava em crise.

Em junho, a Organização Mundial da Saúde passou a recomendar o uso de máscaras para toda a população, mudando suas instruções iniciais. Antes, a agência indicava a utilização para profissionais da saúde e pessoas com familiares infectados em casa.

O governo de São Paulo anunciou que, a partir do dia 1º de julho os estabelecimentos passarão a ser multados caso permitam a entrada de  consumidores sem máscara.

100 mil mortos no Brasil

No mês de agosto, o Brasil chegou a 100 mil mortos. Em setembro, o general do Exército Eduardo Pazuello, que comandava o Ministério da Saúde interinamente, assumiu a pasta de forma oficial.

Entre os meses de junho e setembro, a corrida pelas vacinas avançava ainda mais e o mundo viu o primeiro exame com o imunizante da AstraZeneca e outros imunizantes, como a CoronaVac, Johnson & Johnsons’s e Sputnik V.

No Brasil, não houve um isolamento social  imposto pelo governo federal, mas, após autorização do Supremo Tribunal Federal (STF), estados e municípios assumiram o controle da situação para restringir a circulação de pessoas.

Segunda onda da doença

Em outubro, com o verão no hemisfério norte, os casos da Covid-19 voltaram a crescer e países europeus registram a segunda onda da doença.

Embora no momento o Brasil apresente uma queda no ritmo de novos casos e mortes pelo novo coronavírus, na Europa, países europeus afrouxaram as regras de distanciamento social e viram a pandemia voltar.

No Brasil, em outubro, o número de casos de Covid-19 no Brasil teve queda, mas voltou a subir no fim de novembro e início de dezembro.  Especialistas explicam que a  volta dos casos e mortes ocorreu após meses de afrouxamento nas medidas de isolamento social. Até 2 de dezembro, o país havia registrado 6,4 milhões de casos e 174,5 mil mortes.

No dia 3 de dezembro, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvsa) aprovou o trâmite que permite a liberação emergencial de vacinas, quando solicitada pelos fabricantes. Em 16 de dezembro, o Ministério da Saúde informou que o país superou os 7 milhões de casos. No mesmo dia, foi registrado um novo recorde no número de infecções.

Vacinas

A China começou a vacinar a população em meados de novembro sob o esquema de uso emergencial. No dia 8 de dezembro, o Reino Unido se tornou o primeiro país  do Ocidente a iniciar a vacinação contra a Covid-19. Mas outras nações, como Estados Unidos, Canadá, Rússia, China e Arábia Saudita estão imunizando suas populações ou parte delas. 

No Brasil, ainda não há uma data oficial para o início da imunização. No dia 17 de dezembro, o Supremo Tribunal Federal (STF) deu aval para que os governos locais possam estabelecer medidas para vacinação compulsória da população contra a Covid-19.

Conforme o entendimento, a União, os estados, o Distrito Federal e os municípios podem estabelecer medidas legais pela obrigatoriedade, mas não podem determinar a vacinação forçada. 

Até o momento, nenhum dos laboratórios que desenvolvem a vacina contra o novo coronavírus pediu autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para comercialização do produto.

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