retrospectiva 2020
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Retrospectiva 2020

Em novembro de 2019, uma doença pulmonar misteriosa começou a preocupar as autoridades sanitárias na China . Poucos meses depois, o que inicialmente parecia uma doença restrita ao outro lado do mundo afetava todos os aspectos da vida no BrasilCovid-19

De lá para cá, dezenas de países foram afetados. Diferenças econômicas, naturais e de gestão estão entre os motivos que explicam a forma como a  pandemia - embora devastadora em todo o mundo - causou impactos diferentes em cada parte durante o ano seguinte. 


Países mais afetados pela pandemia 

Considerado o primeiro epicentro da pandemia de Covid-19, a China precisou lidar com a pandemia quando ainda não havia qualquer base consistente de informação sobre o novo coronavírus (Sars-CoV). Assim, o país foi o primeiro a registrar uma enorme pressão no sistema de saúde e notifica, hoje, mais de 4,3 mil mortes causadas pela doença.

Em fevereiro de 2020, porém, o aumento desenfreado de casos e mortes na Itália conduziram a saúde do país ao colapso e fizeram da Europa o segundo epicentro da doença. Espanha e França também foram países muito afetados  do continente durante a primeira onda da infecção, que causaria a primeira morte no Brasil no mês seguinte. 

No número absoluto de mortes, os Estados Unidos - cujo primeiro óbito foi registrado em 29 de fevereiro  -, Índia e Brasil chamam atenção há mais de seis meses, sendo os países mais afetados do mundo também no número de casos. Quando avaliamos a relação entre o número de mortes e a população de cada país, Peru, Bélgica e Bolívia se destacam negativamente. 

Coronavírus na China: onde tudo começou
Reprodução/ Agência Brasil
Coronavírus na China: onde tudo começou



Países que reduziram danos 

Embora tenham atingido todos os países de maneira cruel, os impactos da Covid-19 foram abrandados em alguns países bem-sucedidos em seus modelos de enfrentamento. Entre as regiões que mais se destacaram no enfrentamento da pandemia, estão os países nórdicos e alguns países do continente africano. 

Finlândia, Noruega e Dinamarca tornaram-se exemplos de boas práticas no enfrentamento da pandemia, com menos restrições e um rígido modelo de testagem. Agora, os países convivem com o desafio de uma nova onda da doença no continente. 

Já no continente Africano, o baixo índice de casos e mortes chama atenção desde o início da pandemia.  De acordo com o pesquisador do Centro de Relações Internacionais em Saúde da Fundação Oswaldo Cruz (Cris-Fiocruz) Augusto Paulo Silva, em entrevista à Agência Brasil, a baixa taxa de contaminação no continente pode estar relacionada a  menos quatro fatores, um deles a capacidade de resposta a epidemias.

“Há várias hipóteses, não são explicações assertivas. Mas uma das explicações mais plausíveis é que muitos países africanos já vêm enfrentando outras epidemias, em algumas partes é o cólera, outras o ebola, que até recentemente estava na República Democrática do Congo, em 2014 houve ebola na Libéria, Sierra Leoa e na Guiné Equatorial. Com isso, essas grandes epidemias fizeram com que muitos países africanos tivessem planos de emergência”, explicou.

Campanhas de vacinação em cada país 

Passados mais de 12 meses após o primeiro registro da doença, porém, o enfrentamento dos países à pandemia possui agora outros parâmetros: o início das campanhas de vacinação e logística para garantir a imunidade dos cidadãos. Até o momento, 10 países já começaram a vacinar contra a infecção, a maioria a partir da autorização emergencial para uso das vacinas.

No Brasil, a expectativa do Ministério da Saúde é de que os grupos prioritários possam ser vacinados pelo Programa Nacional de Imunizações até o final de janeiro de 2021. A data, porém, é incerta e aguarda que o registro da Agência Nacional de Vigilância Sanitária seja concedido às doses adquiridas pelo país, que ainda passam por testes. 


Nova variante do coronavírus isola Reino Unido 


No início deste mês, o governo britânico emitiu um alerta sobre a identificação de um nova variante do coronavírus em seu território. Embora as mutações sejam comuns e esperadas, a nova versão é apontada como até 74% mais contagiosa que a versão já conhecida do vírus, o que acendeu um alerta sobre o assunto.

Poucos dias depois, outros países europeus passaram a registrar casos da Covid-19 causada pela nova variante. Para evitar um novo surto de infecções, mais de 50 países - entre os quais o Brasil - fecharam as portas para viajantes vindos do Reino Unido e aguardam maiores informações sobre as mutações do vírus.

Apesar da preocupação, cientistas acreditam que a variação do coronavírus não deve interferir na eficácia das vacinas aprovadas até agora. 

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