A velocidade de produção dos imunizantes contra a Covid-19 fez muitas pessoas questionarem o que realmente existe dentro deles. Recentemente, Moderna e Pfizer BioNTech disponibilizaram publicamente os ingredientes de suas vacinas.
Ambas as vacinas já foram aprovadas em alguns países, ainda que de forma emergencial. Os Estados Unidos, por exemplo, são um destes. Os norte-americanos já começaram as aplicações de doses tanto da Moderna quanto da Pfizer.
Vacinas da Moderna e Pfizer BioNTech
Primeiramente, é importante saber como elas funcionam. Ambas as vacinas utilizam a tecnologia do mRNA (RNA mensageiro). De acordo com o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos EUA, essa tecnologia é estudada há mais de dez anos, então não há motivos para preocupação.
A intenção inicial dos estudos com mRNA era acabar com outras doenças. Por isso, nunca havia ultrapassado os estágios iniciais de testes clínicos. Isso mudou com a pressão desencadeada pela pandemia, que obrigou os cientistas a investigar mais a fundo o RNA e refiná-lo para combater a Covid-19.
O RNA trabalha dizendo às células para produzir uma proteína que imita a proteína do coronavírus. Essa produção ativa nosso sistema imunológico, que passa a combater a “infecção”. Dessa forma, quando entrarmos em contato com o vírus Sars-Cov-2, nosso corpo já terá condições de combatê-lo.
Tanto a Moderna quanto a Pfizer BioNTech divulgaram a lista oficial de componentes de suas vacinas. Veja:
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Moderna
- mRNA
- Trometamina
- Ácido acético
- Cloridrato de trometamina
- Acetato de sódio
- Sacarose
- Lipídios (SM-102, 1,2-dimiristoil-rac-glicero3-metoxipolietilenoglicol-2000 [PEG2000-DMG], colesterol e 1,2-distearoil-snglicero-3-fosfocolina [DSPC])
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Pfizer BioNTech
- mRNA
- Cloreto de potássio
- Fosfato de potássio monobásico
- Cloreto de sódio
- Sacarose
- Fosfato de sódio dibásico desidratado
- Lipídios ((4-hidroxibutil) azanediil) bis (hexano-6,1-diil) bis (2-hexildecanoato), 2 [(polietilenoglicol) -2000] -N, N-ditetradecilacetamida, 1,2-Distearoil-sn- glicero-3- fosfocolina e colesterol)
O que muda?
De acordo com Jamie Alan, professora assistente do Departamento de Farmacologia e Toxicologia da Michigan State University, todos os ingredientes são necessários para garantir os efeitos da vacina. Segundo ela, todos trabalham juntos para criar uma vacina estável e mantê-la eficaz mesmo depois de sair do laboratório.
Existem alguns ingredientes diferentes entre a vacina da Moderna e a da Pfizer, mas isso é normal, segundo Alan. De acordo com a especialista, isso muda apenas as necessidades de armazenamento de cada vacina, mas seu efeito é o mesmo.
A vacina da Pfizer, por exemplo, precisa ser armazenada a uma temperatura de -70 °C para preservar sua eficácia, enquanto o imunizante da Moderna requer apenas -20 °C.
Independentemente dos ingredientes, tanto Moderna quanto Pfizer BioNTech têm o mesmo objetivo: acabar com a pandemia de Covid-19.
Fonte: Tech Times