Membros do Instituto Butantan e governo de São Paulo anunciaram dados da CoronaVac
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Membros do Instituto Butantan e governo de São Paulo anunciaram dados da CoronaVac

Profissionais do Instituto Butantan anunciaram, nesta terça-feira (12) detalhes dos estudos clínicos realizados no Brasil com a vacina CoronaVac, contra a Covid-19. Segundo o Instituto, que produz a vacina no Brasil, a eficácia global do imunizante é de 50,4%, acima do mínimo recomendado pela Organização Mundial de Saúde.

A eficácia global da vacina, porém, considera os efeitos de imunização contra todos os tipos de infecção, ou seja: casos assintomáticos, leves ou graves, sem recorte de grupo. Por esse motivo, os pesquisadores reforçam que não necessariamente a média reflete o impacto da vacina no controle da pandemia.

"Temos uma vacina que consegue controlar a pandemia", reforçou o diretor médico de pesquisa clínica do Instituto Butantan, Ricardo Palácios. Segundo o profissional, "era previsto que a vacina teria uma menor eficácia nos casos mais leves e uma maior eficácia nos casos mais graves e nós conseguimos demonstrar esse efeito".

A CoronaVac demonstrou 100% de eficácia na prevenção de casos graves da Covid-19, outra boa notícia, já que o índice deve refletir diretamente no alívio da sobrecarga no sistema de saúde. 

Conforme anunciado anteriormente, a vacina demonstra 78% de prevenção aos casos leves da doença. Os testes foram feitos em 12.508 voluntários no país, todos profissionais de saúde. Até o momento, o Instituto destaca que nenhum efeito adverso grave à vacina foi registrado, o que reforça a segurança do imunizante.

Segundo a demonstração dos estudos, a análise foi feita 252 casos de infecção por Covid-19, 101 casos a mais que os 151 necessários para a análise primária. "Isso ocorreu porque nós pegamos o início da segunda onda no Brasil, o que colocou um estresse extraordinário nessa vacina", explicou o diretor clínico. Do ponto de vista científico, a maior quantidade de voluntários infectados garante uma maior precisão nas análises.

Os próximos passos do estudo, explicam os cientistas, serão análises sobre os efeitos da vacina em novos grupos: gestantes, crianças, adolescentes e um novo estudo que avalia a eficiência da vacina, ou seja, seu impacto direto no controle da pandemia.

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