O secretário estadual de saúde de São Paulo, Jean Gorinchteyn, aproveitou a entrevista coletiva sobre os dados de eficácia da vacina CoronaVac, produzida pelo Instituto Butantan bo Brasil, para cobrar agilidade na análise de dados do imunizante por parte da Agência Nacional de Vigilância Sanitária. "Por que a Europa já está vacinando, e vacinando muito, e nós ainda discutimos a burocracia?", questionou.
Segundo o secretário, os dados da vacina - apresentados nesta terça-feira (12) ao público - foram enviados oficialmente à Anvisa no dia 8 de janeiro, quinta-feira, em um dossiê de 10 mil páginas. A agência, por sua vez, possui um prazo de 10 dias a partir do envio dos documentos para autorizar ou não o uso emergencial da vacina no Brasil.
No sábado, porém, a Anvisa cobrou dados mais detalhados do Butantan sobre a vacina, entrando em contradição com o governo que afirma ter enviado todas as informações necessárias. Mais tarde, o Instituto Butantan confirmou que informações complementares ainda estavam sendo enviadas.
Até a segunda-feira, Anvisa apontava que 50,8% dos documentos sobre a CoronaVac foram enviados pelo Butantan.
Apesar de análise ainda estar dentro do prazo, porém, o governo de Sâo Paulo desconfia de interferências políticas sobre o assunto. Há dois dias, o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), cobrou "senso de urgência" da agência em analisar os dados.