Em comunicado emitido na noite da quinta-feira (18), o Ministério da Saúde aifrmou que a dificuldade em manter o cronograma inicial de vacinação contra a Covid-19 se deve, especialmente, ao atraso na entrega de doses pelo Instituto Butantan. De acordo com o Instituto, porém, o comunicado da pasta "omite e ignora fatos".
O Ministério da Saúde afirma que apenas 2,7 milhões das 9,3 milhõesde doses da Coronavac, previstas para fevereiro, serão entregues - o que atrasará o cronograma na maioria dos estados pelo Plano Nacional de Imunização (PNI).
Em nota de resposta, o Instituto Butantan aponta "o desgaste diplomático causado pelo governo brasileiro em relação à China" como um dos motivos para o atraso no envio da matéria-prima necessária para a produção da vacina, o que acarretou em atraso do produto final. Por meio de nota, o Instituto reforça que "a autorização para envio da matéria-prima só ocorreu após intervenções feitas pelo Governo de São Paulo".
Apesar da completa ausência de planejamento do governo federal em relação à vacinação no Brasil e da falta de empenho da diplomacia brasileira que culminou com o atraso na liberação de insumos, o instituto trabalha diuturnamente para viabilizar novas entregas de doses ao PNI (Plano Nacional de Imunização)", finaliza a nota do Butantan.