A rainha Elizabeth 2ª, do Reino Unido, pediu que os britânicos "pensem nas outras pessoas" e tomem a vacina contra a covid-19.
A monarca, de 94 anos, e o duque de Edimburgo, de 99, receberam suas primeiras doses da vacina em janeiro. No Reino Unido, mais de 18 milhões de pessoas, ou um em cada quatro adultos, já receberam a primeira dose da vacina.
Em uma chamada de vídeo nesta terça (23/2) com autoridades de saúde responsáveis por entregar a vacina contra a covid em todo o país, a rainha foi questionada sobre sua experiência ao receber a vacina.
Ela sorriu ao responder: "Bem, pelo que pude observar, foi bastante inofensiva. Foi muito rápido."
E acrescentou: "Não doeu nada."
A rainha também comentou sobre como recebeu muitas cartas de pessoas que ficaram "bastante surpresas com a facilidade de obter a vacina".
Ela disse que entende que tomar a vacina pode ser uma experiência "difícil" para algumas pessoas, mas pediu a todos que "pensem nas outras pessoas e não em si mesmos".
A afirmação da rainha veio depois que o ministro responsável pela vacinação no Reino Unido, Nadhim Zahawi, declarou que entre 11% e 15% da população está hesitante em tomar a vacina. Os dados apontam a tendência em algumas comunidades negras e minorias étnicas.
Alguns estudos também encontraram disparidades entre áreas mais pobres e mais ricas.
Emily Lawson, líder do programa de implementação da vacina no sistema público de saúde da Inglaterra, disse que os comentários da rainha sobre sua experiência com a vacina foram um "voto de confiança incrivelmente importante ao programa".
"Queremos apenas garantir que estamos criando as condições para que todos se sintam aptos a aceitar a oferta de vacinação quando forem convocados", afirmou.
Para ela, a declaração da rainha representa "um grande fomento para a confiança em nosso programa".
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A rainha também afirmou que a velocidade do lançamento da vacinação no Reino Unido até agora foi "notável".
Em declarações às quatro autoridades que supervisionam o programa de vacinação na Inglaterra, na Escócia, no País de Gales e na Irlanda do Norte, ela disse ainda: "Continuem o bom trabalho."
Durante a videochamada, a monarca comparou a pandemia a uma "praga" que se espalhou pelo mundo.
O diretor da vacinação do governo escocês, Derek Grieve, disse à chefe de Estado que gostaria de "guardar em uma garrafa" o espírito de comunidade que testemunhou durante a pandemia. A rainha respondeu que o espírito se parecia "muito" ao espírito de guerra que ela experimentou.
Nesta semana, a condessa de Wessex, esposa do príncipe Edward, filho mais novo da rainha, começou a trabalhar como voluntária em um centro de vacinação no sudoeste de Londres.
Sophie concluiu o treinamento necessário para ajudar a fornecer informações a quem vai receber a vacina, e agora faz parte de um grupo de 10 mil voluntários de centros em toda a Inglaterra.
O filho mais velho da rainha, príncipe Charles, e sua esposa Camilla Parker Bowles, duquesa da Cornualha, também receberam as primeiras doses da vacina. Camilla disse que "pulou de alegria" após receber sua injeção.
O príncipe William, neto da rainha e segundo na linha de sucessão ao trono, visitou um centro de vacinação nesta semana e disse que estaria na "frente da fila" por uma vacina para ajudar a tranquilizar as pessoas sobre sua segurança, mas que esperaria sua vez.
Durante sua visita, William também disse que seu avô, príncipe Philip, estava "OK" depois de ter sido internado no hospital na semana passada.
O duque de Edimburgo permanece hospitalizado no centro de Londres, onde está sendo tratado por uma infecção.