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A pesquisa também demonstrou bons resultados do imunizante da Pfizer, que também apresentou a capacidade de proteger idosos no período acompanhado
Foto: Thinkstock/Getty Images
A pesquisa também demonstrou bons resultados do imunizante da Pfizer, que também apresentou a capacidade de proteger idosos no período acompanhado

Um novo estudo divulgado nesta segunda-feira (1º) trouxe notícias positivas sobre a Covishield, vacina desenvolvida pela Universidade de Oxford com a farmacêutica AstraZeneca, em idosos.

Após o imunizante ter sua efetividade em idosos questionada pela falta de estudos com a população mais velha, o Reino Unido apresentou dados que mostram que, sim, ela funciona em quem tem 65 anos ou mais.

O estudo ainda não revisado ( disponível neste link ), conduzido pela agência de Saúde Pública da Inglaterra (PHE), não foi destinado a acompanhar exclusivamente a vacina de Oxford e AstraZeneca.

A pesquisa também demonstrou bons resultados do imunizante da Pfizer, que também apresentou a capacidade de proteger idosos no período acompanhado.

De acordo com o estudo, a proteção contra Covid-19 sintomática na população idosas após 4 semanas da primeira dose variou entre 60 e 73% com a vacina de Oxford e entre 57% e 61% com a vacina da Pfizer.

O estudo acompanhou idosos no “mundo real”, e não em um teste clínico, então ele acompanhou o público que se vacinou no Reino Unido desde janeiro, sem que todos tivessem a oportunidade de receber a segunda dose. Assim, esse número não leva em conta o reforço, especialmente com a vacina de Oxford, que tem um intervalo recomendado de aplicação de 3 meses entre doses. É provável que esses resultados sejam ainda mais fortes e duradouros após a segunda dose, que começou a ser distribuída nesta semana.

Os dados apresentados no estudo mostram que, na faixa etária de mais de 80 anos, a dose única também se mostrou mais de 80% efetiva em prevenir a hospitalização de três a quatro semanas após a aplicação para qualquer uma das vacinas. No caso da Pfizer, os dados também indicam 83% de redução nas mortes.

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Já na faixa etária a partir de 70 anos, já é possível observar uma r edução de infecções sintomáticas após três semanas.

A notícia deve trazer um pouco mais de conforto aos países que têm doses disponíveis da vacina de Oxford, mas não as ofereciam aos idosos pela falta de dados de efetividade. Na Europa, países optaram por Pfizer e Moderna, que já tinham dados mais robustos oriundos de ensaios clínicos com idosos.

A outra dúvida que precisa ser solucionada é como a Covishield se sai contra as variantes do Sars-Cov-2. Até o momento, ela se mostrou efetiva contra a B.1.1.7, descoberta no Reino Unido, mas teve resultados preocupantes contra a B.1.351, sequenciada primeiro na África do Sul. Vale notar que a variante P.1, descoberta no Amazonas, tem mutações em comum com a sul-africana.

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