Na manhã desta segunda (22), o governador de São Paulo se reuniu com fabricantes de oxigênio para negociar novos contratos e evitar o desabastecimento
Foto: Pedro Guerreiro / Ag. Pará
Na manhã desta segunda (22), o governador de São Paulo se reuniu com fabricantes de oxigênio para negociar novos contratos e evitar o desabastecimento

O governo de São Paulo anunciou vai instalar uma usina de oxigênio para abastecer as unidades de saúde públicas, principalmente das redes municipais de saúde de todo o estado. A informação foi divulgada em coletiva de imprensa, realizada nesta segunda-feira (22).

De acordo com a gestão estadual, a estrutura será montada pela Ambev e deverá ficar pronta em dez dias, de acordo com a previsão do governo estadual. No local, será realizado o envase de 120 cilindros por dia. 

O anúncio do governo ocorre após a cidade de São Paulo registrar falta de oxigênio em uma Unidade de Pronto Atendimento de Emerlino Matarazzo, na Zona Leste, na madrugada do sábado (20).

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Na manhã desta segunda (22), o governador de São Paulo se reuniu com fabricantes de oxigênio para negociar novos contratos e evitar o desabastecimento. Na ocasião, o secretário estadual da Saúde, Jean Gorinchteyn, disse que o estado registrou um aumento acima de 40% na demanda pelo produto.

Gorinchteyn alertou para a importância de ter os cilindros de oxigênio. "Temos hoje 29 mil pacientes internados, sendo que quase 12 mil estão nas unidades de terapia intensiva, estando os demais nas nossas enfermarias e pronto-atendimentos. Com isso, aumentamos em 45% a necessidade de oxigênio para essa população. Algo que, em quatro semanas, jamais imaginávamos", disse. 

Na coletiva de imprensa, a secretária de Desenvolvimento Econômico do Estado de São Paulo, Patrícia Ellen, ressaltou que participaram da reunião as cinco principais empresas fornecedoras de oxigênio de São Paulo. "As empresas garantiram o fornecimento e tivemos uma excelente noticia da Ambev com a Usina em Ribeirão Preto que vai produzir 125 cilindros por dia", detalhou.

Os forncedores garantiram o fornecimento do produto para atender a rede estadual, municipal, entidades filantrópicas e a rede privada. "Também a Copagaz utilizará a sua frota, que distribui hoje butijões de gás, para o transporte e a logística de oxigênio. Esse esforço do governo de São Paulo é para atender a rede estadual de hospitais, mas também leva em conta as redes municipais de hospitais públicos, a rede de entidades filantrópicas --as nossas Santas Casas-- e também a rede privada", acrescentou o vice-governador do Estado, Rodrigo Garcia (DEM).

Um levantamento feito pelo pelo Conselho de Secretários Municipais de Saúde de São Paulo (Cosems/SP), divulgado no final de semana, aponta que ao menos 54 cidades do estado de São Paulo estão com o estoque de cilindros de oxigênio em estado crítico, ou seja, o estoque pode se esgotar em breve.

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