Pacientes que tiveram Covid-19 desenvolveram trombose mesmo depois de quatro semanas que já tinham se recuperado da doença. O relatório feito pela Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular identificou que 39% dos profissionais de saúde da área identificaram trombose venosa ou embolia esse ano em pessoas que tinham contraído o vírus em 2020.
“Já foi estudado e comprovado que chega a ser três vezes maior a incidência de trombose venosa em pacientes com covid-19 severa, mesmo quando comparado com outros pacientes graves em ambiente de UTI [unidade de terapia intensiva], mas que não possuem a doença infecciosa”, disse o cirurgião vascular Ivan Benaduce Casella, membro da Comissão de Tromboembolismo Venoso da entidade, à Agência Brasil.
Trombose em pacientes com Covid-19
A trombose é a formação de coágulos sanguíneos em veias no corpo. Em casos graves e moderados de Covid-19. ocorre uma forte inflamação no organismo, que pode levar ao quadro de tromboembolismo.
“Em pacientes que tiveram covid-19, particularmente nas formas mais severas, há uma tendência de risco de eventos de trombose venosa nas quatro semanas após o período de recuperação. Então, essas pessoas devem prestar atenção a edemas [inchaço] unilaterais – de uma única perna – ou sintomas súbitos ventilatórios, quando a pessoa sente falta de ar ou dor torácica. Esses são alguns dos sintomas de tromboembolismo venoso”, completa Casella.
“Em pacientes que tiveram covid-19, particularmente nas formas mais severas, há uma tendência de risco de eventos de trombose venosa nas quatro semanas após o período de recuperação. Então, essas pessoas devem prestar atenção a edemas [inchaço] unilaterais – de uma única perna – ou sintomas súbitos ventilatórios, quando a pessoa sente falta de ar ou dor torácica. Esses são alguns dos sintomas de tromboembolismo venoso”, completa Casella.
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A entidade médica relata ainda a importância de tomar cuidado com pessoas com pré-disposição à trombose e que desenvolvem um quadro de Covid-19. Nesses caso é preciso um acompanhamento por mais tempo após a recuperação da doença com profissionais de oncologia ou cirurgia vascular.
“Muitas obstruções arteriais de membros superiores [braços, antebraços e mãos] estão ocorrendo em maior proporção, assim como dos membros inferiores, que normalmente já são mais frequentes. Os sintomas mais comuns nesses casos agudos são dor lancinante [pontadas, fisgadas internas], frialdade e palidez da extremidade acometida”, finaliza o médico.
Via Agência Brasil