A vacina desenvolvida pela Pfizer/BioNTech contra a Covid-19 é 91% eficaz na prevenção da doença por pelo menos seis meses e e protege 100% contra a variante da África do Sul, a B.1.351. O anúncio foi feito pelos desenvolvedores do imunizante nesta quinta-feira (1º). O estudo foi realizado em pessoas vacinadas com as duas doses nos últimos seis meses.
"A vacina foi 100% eficaz contra doenças graves, conforme definido pelos Centros dos EUA para Controle e Prevenção de Doenças (CDC), e 95,3% eficaz contra casos graves de Covid-19, conforme definido pela US Food and Drug Administration (FDA)", diz comunicado conjunto da BioNTech.
Os dados do estudo fornecem os primeiros resultados clínicos de que uma vacina pode efetivamente proteger contra variantes. "A alta eficácia da vacina observada em até seis meses após uma segunda dose e contra a variante prevalente na África do Sul fornece mais confiança na eficácia geral da nossa vacina". A empresa tem estudado a vacina em mais de 46.000 voluntários e observou 927 casos de Covid-19 confirmados.
"Dos 927 casos sintomáticos confirmados de Covid-19 no ensaio, 850 casos de Covid-19 estavam no grupo do placebo e 77 casos no grupo do BNT162b2, correspondendo a uma eficácia da vacina de 91,3%", disse.
"Trinta e dois casos de doença grave, conforme definido pelo CDC, foram observados no grupo placebo contra nenhum no grupo vacinado com BNT162b2, indicando que a vacina foi 100% eficaz nesta análise contra doença grave pela definição do CDC. Um caso, conforme definido pelo FDA, foi observado no grupo placebo versus um caso no grupo vacinado com BNT162b2, indicando 95,3% de eficácia pela definição do FDA", mostrou estudo.
Também não foram observados problemas de segurança nos participantes do teste, segundo a Pfizer e BioNTech. A pesquisa acrescentou que a vacina mostrou ser eficaz independentemente da idade, raça, gênero ou etnia e entre com uma variedade de condições médicas existentes.
No Brasil, a vacina da Pfizer/BioNtech já recebeu autorização definitiva para uso em pessoas a partir dos 16 anos. Já nos EUA, o imunizante tem permissão para aplicação emergencial.
Vacina em adolescentes
Ontem (31), as empresas disseram que um pequeno ensaio com voluntários de 12 a 15 anos também mostrou 100% de eficácia nessa faixa etária.
"Esses dados confirmam a eficácia favorável e o perfil de segurança de nossa vacina e nos posicionam para enviar um pedido de licença biológica ao FDA dos EUA", disse Albert Bourla, presidente e diretor executivo da Pfizer, em um comunicado.
No ensaio clínico com 2.260 adolescentes de 12 a 15 anos, houve 18 casos de Covid-19 no grupo que recebeu a injeção de placebo e nenhum no grupo que recebeu a vacina, resultando em 100% de eficácia na prevenção da doença, informaram as empresas no comunicado.
Fonte: Reuters