A presidente da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Nísia Trindade Lima, afirmou nesta quinta-feira (8) que a instituição planeja produzir o Ingrediente Farmacêutico Ativo (IFA) a partir de setembro deste ano. Atualmente, a Fiocruz necessita de IFA importado da China para poder produzir a vacina AstraZeneca/Oxford.
O anúncio foi feito durante a um debate promovido pela Comissão temporária da Covid-19 do Senado. A presidente da Fiocruz disse que a instituição pretende produzir um IFA no Brasil, o qual dará "sustentabilidade" à vacinação.
"Já estamos com as áreas adequadas, temos os profissionais, estaremos assinando contrato [de transferência de tecnologia] até o final deste mês e as entregas se darão a partir do mês de setembro de vacinas com o IFA nacional", afirmou Trindade.
Para a produção do IFA nacional, é necessário que a Fiocruz assine um contrato de transferência de tecnologia para a produção da vacina da Universidade de Oxford e da AstraZeneca. A transferência significa ter todo o conhecimento necessário para fabricar a vacina 100% no Brasil.
Sobre o calendário de vacinação, a previsão da Fiocruz é que sejam entregues até julho 100.004.400 milhões de doses da vacina AstraZeneca/Oxford, produzida com IFA importado da China. "Nós estamos a partir desse momento já com duas linhas de produção, já alcançamos a produção de 900 mil doses por dia e estaremos trabalhando nessa segunda linha de produção, com um segundo turno de trabalho que nos permitirá a produção de até 1,2 milhão de doses, dia", disse.
Nísia garantiu ainda que "há um compromisso" de que as próximas remessas do IFA serão enviadas nos prazos pré-estabelecidos. "Nossa produção teve que lidar com o atraso na chegada do IFA, mas eu estive, inclusive por duas vezes com o embaixador da China, a última acompanhando o ministro Queiroga, e há um compromisso de que nós possamos ter garantido as próximas remessas de IFA", afirmou.
Fonte: G1.