Em sua cerimônia de posse como presidente do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), nesta quarta-feira, Carlos Eduardo Lula criticou a falta de coordenação no enfrentamento à Covid-19. Ao lado do ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, Lula afirmou que esse vácuo "apronfundou a dor" causada pela pandemia.
Durante a cerimônia, Queiroga também criticou estados que, segundo ele, descumprem decisões que são tomadas com gestores das três esferas e acabam atrapalhando. Lula é secretário estadual de saúde do Maranhão e foi reconduzido ao cargo de presidente do Conass por mais um ano.
— Nós, gestores do SUS, padecemos pelos mesmos motivos. A ausência de coordenação central aprofundou essa dor. Substitui-se a solidariedade pela discórdia, o diálogo pelos gritos, o consenso pelo dissenso. Tinha que ser diferente, poderia ter sido diferente, e acho que pode ser diferente — disse, complementando:
— Podemos ter adversários, mas hoje o inimigo é o vírus. Ao contrário do que pensa alguma liderança nacional, quero que todos os brasileiros vivam 100 anos, 150 anos.
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Em sua fala, o ministro parabenizou Lula pela posse, mas não deixou de criticar os estados. Queiroga afirmou que não se pode adotar um ambiente de "guerra das vacinas".
— Deixemos aquela revolta da vacina de Oswaldo Cruz, que eram as pessoas que não queriam tomara vacina, por uma ambiência que não seja a guerra das vacinas que estamos vivendo hoje, criando um tumulto muito forte. Estados que na bipartite modificam as regras pactuadas na tripartite — disse. — Eu tenho que falar isso no ambiente que não diria festivo, mas de muito reconhecimento ao seu trabalho, porque isso tem gerado conflieto e atrassos no nosso programa de vacinação.