Um estudo mostrou que 33,5% dos moradores com mais de 18 anos da cidade de São Paulo já foram infectados com a Covid-19. Os dados são da fase 5 do inquérito sorológico e foram divulgados pela gestão municipal nesta quinta-feira (13).
Em coletiva de imprensa, realizada hoje (13), a prefeitura informou que esse é o maior resultado da série histórica, iniciada em junho de 2020. Durante todo o ano de 2020, o índice não havia passado de 14,1%. Em janeiro, estava em 15,6%. Saltou para 25% em março.
Sobre o aumento na incidência dos infectados, Edson Aparecido, secretário municipal de Saúde, destacou que foi maior por causa da disseminação da variante brasileira P.1,
detectada inicialmente no estado de Amazonas. "O impacto da P1 não foi apenas aqui na cidade de São Paulo, mas em todo o país. Pelo inquérito a gente pode ver que a variante que surgiu na região norte do país elevou a prevalência também aqui na cidade", declarou Edson Aparecido nesta quinta (13).
Ricardo Nunes (MDB), prefeito em exercício da cidade, explicou que 56,1% dos infectados foram de jovens adultos e assintomáticos e 43,9% das pessoas que testaram positivo para a doença tiveram sintomas no período.
A faixa etária com maior incidência da doença são os jovens de 18 a 34 anos, com 35,1% dos casos confirmados, seguido ao grupo de 35 a 49 anos, com 28,7% dos testados com confirmação da doença.
Na incidência por regiões da cidade, a Zona Sul continua sendo a com mais casos de Covid-19, com 39,1% das pessoas que participaram do estudo testando positivo para a Covid-19.
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Edson Aparecido explicou que de todos os casos registrados na cidade em 2021, 37,2% necessitaram de internação de UTI e 17,2% foram intubados. "São números altíssimos que nós temos em função da distribuição de casos, da pressão no sistema hospitalar e da quantidade de pessoas que necessitaram de um leito de UTI e tiveram que ser entubadas na cidade", disse Aparecido.
O estudo mostrou ainda que nas áreas de médio e baixo Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), a incidência de contaminações é maior. Pessoas negras também são as mais atingidas pelo vírus, representando 37,6% das infecções.
O inquérito sorológico analistou 5.760 indivíduos, moradores de todas as regiões da cidade. A prefeitura de São Paulo explicou que cada pessoa foi submetida a dois testes sorológicos diferentes.