Os anticorpos monoclonais começaram a ganhar força no tratamento contra a Covid-19 nos últimos meses. Agora, uma pesquisa da Universidade de Pitttsburgh revelou que esses anticorpos podem reduzir em 60% o risco de hospitalizações em pessoas que possuem uma maior probabilidade de contrair uma versão grave da doença.
Agências como a Food and Drug Administration (FDA), nos Estados Unidos, e a Anvisa, aqui no Brasil, autorizaram o uso de medicamentos a base do composto contra a Covid-19. Os anticorpos monoclonais são feitos em laboratório e imitam a capacidade do sistema imunológico de combater doenças, como o vírus. Medicamentos com a proteína são utilizados largamente no tratamento contra o câncer, por exemplo.
Tratamento com anticorpos monoclonais
O estudo concluiu que pessoas com 60 anos ou mais que receberam um remédio da farmacêutica Eli Lilly com o anticorpo bamlanivimab tinham quase três vezes menos probabilidade de serem hospitalizadas ou morrerem no mês seguinte em comparação com pessoas da mesma faixa-etária que não receberam o tratamento.
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De acordo com os cientistas, os resultados não foram muito expressivos em pacientes mais jovens, mas ainda sim, os anticorpos tiveram efeito nas hospitalizações. Além disso, o estudo revelou que, quanto antes um paciente (do grupo de risco) com Covid-19 começar o tratamento, melhor. Também foi registrada uma taxa muito baixa de reações adversas à infusão, todas leves.
“Se você pegar Covid-19 e estiver em maior risco de doença grave, pergunte ao seu médico sobre os anticorpos monoclonais. Não hesite. O tratamento enquanto seus sintomas ainda são leves, pode ser essencial”, disse Graham Snyder, professor associado da Escola de Medicina de Pitt.
No Brasil, a Anvisa aprovou o uso emergencial do medicamento com anticorpos monoclonais desenvolvido pela Eli Lilly. O composto usa uma mistura de dois anticorpos, o banlanivimabe e o etesevimabe e não pode ser adquirido em farmácia, com o uso restrito apenas para ambiente hospitalar.