Diante do crescimento de casos de coronavírus na Holanda, o governo holandês determinou o que se tem chamado de "lockdown parcial". A partir deste sábado (13), restaurantes e lojas deverão fechar as portas mais cedo e a presença de público será vetada em grandes eventos esportivos.
A restrição deve ficar em vigor por três semanas. "Esta noite nós trazemos uma mensagem muito desagradável com medidas muito desagradáveis e de longo alcance", disse o primeiro-ministro do país, Mark Rutte, em uma emissora de TV. "O vírus está em todo lugar e precisa ser combatido em todo lugar", acrescentou.
As declarações foram divulgadas pela agência Reuters, que conta que supermercados também deverão fechar mais cedo e medidas de distanciamento serão retomadas. O governo recomenda ainda que o número de visitantes nas residências não seja superior a quatro.
Além disso, Rutte informou que a gestão avalia formas de limitar o acesso de pessoas que não se vacinaram em lugares públicos.
Segundo a plataforma Our World In Data, a Holanda possui 73,2% de sua população já vacinada com as duas doses de um imunizante contra a Covid-19. Ainda assim, o país enfrenta uma nova onda de casos de coronavírus, junto a outras nações da Europa, o que tem gerado preocupação.
Mais cedo, nesta sexta-feira (12), o diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom, falou sobre o assunto em discurso reproduzido pela entidade
. Ele destacou que quase dois milhões de casos da doença foram registrados no continente apenas na última semana, com o crescimento de ocorrências tanto em países com baixos índices de vacinação, como em países com altos índices.
"É um lembrete, como já dissemos outras vezes, de que as vacinas não substituem a necessidade de outras precauções. Vacinas reduzem o risco de hospitalização, agravamento da doença e morte. Mas elas não previnem completamente a transmissão", reforçou.
Adhanom frisou que alguns países do continente já estavam retomando restrições para frear a transmissão do vírus e diminuir a pressão dos sistemas de saúde. Com isso, ele reforçou que a OMS continua a recomendar a testagem em massa, uso de máscara, distanciamento social e outras ações.