Registro do ministro da Saúde no Senado
Jefferson Rudy/ Agência Senado
Registro do ministro da Saúde no Senado


Embora a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) já tenha autorizado a imunização de crianças de 5 a 11 anos com a vacina da Pfizer , o Ministério da Saúde não tem pressa para viabilizar a aplicação. O ministro da pasta, Marcelo Queiroga, declarou neste sábado (18) que a decisão só será anunciada no dia 5 de janeiro.


A data foi anunciada em entrevista a jornalistas, momento em que Queiroga justificou que a "introdução desse produto [da vacina nas crianças] no âmbito de uma política pública requer uma análise mais aprofundada" do ministério. De acordo com a CNN Brasil, Queiroga também marcou uma audiência pública para o dia 4 de janeiro, na sede do ministério. A discussão realizada vai servir de base para a decisão final da pasta.


Na ocasião, o ministro defendeu que não basta apenas a Anvisa dar aval para a aplicação. "Não é suficiente, porque se você olhar todas as políticas públicas que estão aqui no Ministério da Saúde e verificar todas as autorizações que a Anvisa fez em relação a medicamentos, a dispositivos médicos, basta só ver o que tem autorizado pela Anvisa e o que está incorporado no SUS", explicou, segundo a Folha de S. Paulo.

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O tema é alvo de discussão não apenas pela urgência da medida no combate à disseminação do coronavírus, mas pela postura do presidente da República. Em transmissão ao vivo na última quinta-feira (16), Jair Bolsonaro (PL) disse que solicitou os nomes dos técnicos da Anvisa que aprovaram a imunização de crianças e revelou sua intenção de expor a identidade deles .



Queiroga, que é médico, tem apoiado os posicionamentos do presidente. "Eu sou a principal autoridade sanitária do Brasil. Eu não abro mão de exercer as minhas prerrogativas, porque elas decorrem da decisão do mandatário máximo da nação, senhor Jair Messias Bolsonaro, que me incumbiu dessa missão. E eu estou cumprindo essa missão", declarou na coletiva realizada hoje. Ontem, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, havia dado um prazo de 48 horas para que o governo se manifestasse sobre o assunto.

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