O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, voltou atrás sobre a confirmação de dois pacientes infectados com a Deltacron , recombinação genética das variantes Delta e Ômicron da Covid-19. A declaração foi dada dessa terça-feira, horas após a entrevista à imprensa.
Documento obtido pelo GLOBO revela que o resultado dos sequenciamentos genéticos feitos pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) para determinar se os casos sob suspeitas se tratam de recombinação genética ou de uma coinfecção pela Delta e pela Ômicron ainda precisam ser confirmados pela própria fundação por meio de outros procedimentos laboratoriais.
Quando procurado pela reportagem, o ministro recuou:
"O caso está em análise. Havia recebido a informação que os casos estariam confirmados, mas a área técnica posteriormente me informou que a confirmação definitiva sairia somente na sexta. Todavia, conforme falei na entrevista pela (terça de) manhã, mesmo que haja a confirmação, não alterará o cenário epidemiológico vigente", afirmou Queiroga ao GLOBO.
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O novo posicionamento segue a linha da nova nota oficial enviada pela pasta para a reportagem: “O Ministério da Saúde informa que, até 14 de março, foram notificados dois casos de uma possível recombinação de variantes, denominada Deltacron GKA (AY.4/BA.1). Os casos foram identificados nos estados de do Pará e do Amapá".
Alerta enviado às redes pelo Ministério da Saúde, na segunda-feira, mostra que um dos dois pacientes possivelmente infectados pela variante Deltacron no país apresentou os primeiros sintomas ainda em dezembro do ano passado. A amostra do paciente da cidade de Santana, no Amapá, foi colhida em 6 de janeiro.
De acordo com um documento da pasta, o paciente do sexo masculino tem 34 anos e, na ocasião, sentiu febre, tosse, dificuldade para respirar, dores de garganta, de cabeça e nas articulações, assim como perda olfato e do paladar. Ele está vacinado com esquema completo da vacina AstraZeneca.
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