Pesquisadores do Sistema de Saúde de St. Louis, nos Estados Unidos, desenvolveram um estudo onde encontraram evidências de que pacientes que tiveram Covid-19 têm maior risco de desenvolver diabetes até um ano após a infecção.
Os resultados foram divulgados em artigo publicado no final do mês de março no jornal científico The Lancet Diabetes & Endocrinology.
Ziyad Al-Aly e Yan Xie, pesquisadores que lideraram os estudos, analisaram por mais de um mês fichas médicas de mais de 180 mil pacientes que sobreviveram à Covid. Esses dados foram comparados com registros de dois grupos, com 2 milhões de pessoas cada um, que usaram o sistema de saúde mas não foram infectadas pelo coronavírus.
Como resultado, os cientistas descobriram que as pessoas que tiveram Covid eram 40% mais propensas a desenvolver diabetes um ano após a infecção do que aquelas que não contraíram a doença.
A maioria dos casos de diabetes identificados nos pacientes foi o tipo 2, em que o corpo deixa de produzir insulina suficiente.
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“Governos e sistemas de saúde em todo o mundo devem estar preparados para rastrear e gerenciar as sequelas da Covid-19. As evidências deste relatório indicam que eles devem incluir nos, postos de atendimento, identificação e gerenciamento da diabetes”, destacaram os cientistas no artigo publicado.
Al-Aly e Xie destacaram também que a chance de desenvolver diabetes aumentou de acordo com a gravidade da infecção de Covid-19 que a pessoa teve. Logo, pacientes que foram internados em Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) tiveram aproximadamente o triplo de chance de ter a outra doença.
Os pesquisadores também constataram que cidadãos com obesidade tiveram o dobro do risco de ter diabetes após serem infectados pelo coronavírus.
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