A União Europeia deve determinar, nos próximos dias, a obrigatoriedade de teste de Covid-19 para todos os passageiros que partirem de voos da China para países membros do bloco europeu.
O assunto ficou em evidência desde que a China aboliu a política de "Covid Zero" em dezembro do ano passado, diante do aumento no número de registros da doença. A China mudou as bases de cálculo sobre casos e mortes causados pela Covid, e desde o final de 2022 interrompeu a divulgação destes dados.
Nas suas redes sociais, Stella Kyriakides, comissária europeia para a Saúde, afirmou que o tema começou a ser debatido nesta teça-feira (3), e que uma nova reunião deve acontecer na quarta-feira.
"Hoje, o Comitê para Segurança Sanitária convergiu sobre ações que incluem: testes antes da partida para viajantes provenientes da China; aceleração do monitoramento do esgoto; aumento da vigilância interna. A discussão continua amanhã. A união permanece como o instrumento mais forte contra a Covid", escreveu na sua conta oficial do Twitter.
Mais cedo, autoridades chinesas criticaram e ameaçaram fazer retaliações a países que impuserem a necessidade de testes contra a doença para passageiros que saírem do país asiático.
"Alguns países colocaram restrições na entrada exclusivamente para viajantes chineses. Isso não tem base científica e algumas práticas são inaceitáveis", disse uma das porta-vozes do Ministério das Relações Exteriores, Mao Ning, em sua coletiva diária.
O Centro Europeu de Prevenção e Controle de Doenças (ECDC) também se posiciounou contra as restrições da União Europeia. Em nota, o órgão argumentou que as variantes que estão causando a alta de casos na China já estão em circulação nos países europeus.
"As variantes que circulam na China já estão circulando na UE e, como tal, não são um desafio para a resposta imune dos cidadãos da UE/EEE. Além disso, os cidadãos da UE/EEE têm níveis relativamente altos de imunização e vacinação", ressaltou o ECDC no comunicado .
"Dada a maior imunidade populacional na UE/EEE, bem como o surgimento anterior e subsequente substituição de variantes atualmente circulando na China por outras sublinhagens Omicron na UE/EEE, não se espera que um aumento de casos na China afete o COVID -19 situação epidemiológica na UE/EEE", completou.
Mesmo com a recomendação da instituição europeia, uma extensa lista de países já adotaram as medidas de restrição, como França, Itália e Espanha, todos eles membros do bloco.
Estados Unidos, Canadá, Austrália, Israel e Japão são alguns outros países que estão exigindo a apresentação de testes de Covid para viajantes que provenham da China.
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