Pesquisadores brasileiros e da Universidade de Oxford, Inglaterra, conseguiram fazer a sequência genética do primeiro caso de coronavírus confirmado em São Paulo . De acordo com a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de S. Paulo (Fapesp), o trabalho foi realizado em apenas 48h. Geralmente, os cientistas levam 15 dias.
A pesquisa é resultado do trabalho do Instituto Adolfo Lutz em parceria com o Instituto de Medicina Tropical da Faculdade de Medicina da USP e com a Universidade de Oxford.
Segundo a primeira análise, o genoma do coronavírus diagnosticado no Brasil apresenta três pontos no código genético diferente do vírus encontrado inicialmente em Wuhan, China, onde a doença surgiu.
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Ester Cerdeira Sabino, uma das autoras do estudo, explica que quanto antes a sequência genética for desvendada, mais rápido entender qual a trajetória do vírus e da doença.
"Como o vírus do Brasil foi detectado da Itália, e vimos que é diferente do encontrado na Alemanha, com duas mutações similares apenas, já dá para ver que mais de uma pessoa passou a transmitir a doença na Europa", explica ao G1.
As mudanças no RNA também podem indicar características da epidemia . No Irã, por exemplo, a taxa de mortalidade apresenta-se maior e talvez seja possível explicar isso de acordo com a sequência genética.
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Além disso, o estudo é imprescindível para desenvolver vacinas e testes diagnósticos.