O Ministério da Saúde confirmou na tarde de sábado (29) o segundo caso de coronavírus no país . A disseminação do patógeno, porém, deve ser analisada com ponderação: “Não será o fim do mundo”, diz Rivaldo Venâncio, coordenador de Vigilância em Saúde e Laboratórios de Referência da Fiocruz, pesquisador na linha de frente de combate ao patógeno.
Venâncio afirma que a transmissão do coronavírus de pessoa a pessoa pode acometer uma grande quantidade de gente, mas a gravidade do quadro clínico é "num número infinitamente pequeno de casos".
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O infectologista também recomenda cuidados antes da imposição de medidas drásticas para conter a epidemia : "Precisamos entender e aceitar as dificuldades de se criar um bloqueio extenso num país continental e diverso como o Brasil. Para bloquear circulação de pessoas ou suspender eventos de massa, seria preciso avaliar com cuidado se é um evento fechado, num local de transmissão intensa, ou se são casos pontuais".
Coronavírus no Brasil
O Ministério da Saúde atualizou no sábado (29) para 207 o número de casos suspeitos de coronavírus no Brasil . No balanço anterior, divulgado na sexta-feira, eram 182. Outros 79 foram descartados. Neste sábado, também foi confirmado o segundo caso no país, em São Paulo, mesma cidade do primeiro.