Um estudo divulgado pela plataforma científica bioRxiv chamou atenção por estudar um medicamento com material genético similar à cloroquina , que causou polêmica mundial diante da pandemia. O “novo” medicamento foi testado em hamsters por pesquisadores da Icahn School, em Nova York, que receberam doses do medicamento por 4 dias.
A amodiaquina começou a ser testada em hamsters infectados pela proteína do novo coronavírus . Em primeiro momento, os estudiosos registraram que houve diminuição de 70% da genética do vírus nos pulmões, comparado aos que não foram medicados.
Em um outra etapa do estudo, hamsters medicados e não medicados, porém doentes, se misturaram na mesma gaiola. O resultado conseguido foi de que 90% tiveram menos material genético do vírus nos pulmões.
No entanto, os especialistas afirmam que o estudo nos hamsters não é o suficiente para comparar o efeito causado pela amodiaquina em humanos.
A estrutura molecular da amodiaquina é parecida com a da hidroxicloroquina e cloroquina. A droga foi testada na década de 1970 em macacos-corujas e se tornou um tratamento alternativo à cloroquina.
A droga também foi utilizada de maneira efetiva no primeiro vírus da SARS e na Síndrome Respiratória do Oriente Médio. Mas pesquisadores alertam que seus efeitos nas células podem se espalhar muito mais do que os da cloroquina.
Segundo o microbiologista Benjamin tenOver, um dos condutores do estudo, a amodiaquina também foi testada em células pulmonares humanas infectadas com a Sars-CoV-2 . Mesmo assim, não trouxe segurança nem mesmo aos pesquisadores, já que, pelos resultados, afirmam que, assim como a cloroquina, a droga pode ser eficaz no tratamento da Covid-19.