O Brasil registrou 20.957 novos casos e 276 novas mortes por Covid-19 nas últimas 24 horas; desde o início da pandemia, o país teve 6.901.552 ocorrências e 181.419 óbitos notificados, segundo boletim do consórcio de imprensa.
Os dados deste domingo não incluem as informações de Goiás. A secretaria de Saúde do estado informou que de Goiás, devido à pane elétrica provocada pelas chuvas nesta semana, foi danificada toda a infraestrutura que sustenta a Tecnologia da Informação (TI) de sua sede, no Parque Santa Cruz, em Goiânia. "Como precaução, os servidores e links de dados tiveram de ser desligados, para evitar ainda maiores danos", informou a pasta.
O consórcio de veículos de imprensa é formado por O GLOBO, Extra, G1, Folha de S.Paulo, UOL e O Estado de S. Paulo e reúne informações divulgadas pelas secretarias estaduais de Saúde em um boletim divulgado às 20h.
A média móvel de óbitos, também medida pelo levantamento, foi de 637. É um crescimento de 23% em relação a 14 dias atrás. Esse é o sétimo dia seguido que ela se mantém acima de 600.
A média móvel de casos está em 42.659, 20% acima do que há 14 dias. A maior média móvel de infecções durante toda a pandemia foi em 27 de julho, quando atingiu 46.393. No começo de novembro, ela esteve em um patamar de cerca de 16,5 mil casos.
A " média móvel de 7 dias" faz uma média entre o número de mortes do dia e dos seis anteriores. Ela é comparada com média de duas semanas atrás para indicar se há tendência de alta, estabilidade ou queda. O cálculo é um recurso estatístico para conseguir enxergar a tendência dos dados abafando o "ruído" causado pelos finais de semana, quando a notificação de mortes se reduz por escassez de funcionários em plantão.
O país ultrapassou na última sexta-feira a marca de 180 mil mortes por Covid-19 , um número que era visto como o pior cenário possível da pandemia para o Brasil, segundo um estudo conduzido pelo Ministério da Saúde em abril. A projeção mais otimista referia-se a 30 mil óbitos, valor superado no dia 1º de junho. Em sete capitais brasileiras, a ocupação de leitos de UTI já está acima de 90%.
Plano de vacinação sofre críticas
Um plano nacional de imunização contra a Covid-19 foi entregue ontem pelo Ministério da Saúde ao Supremo Tribunal Federal (STF). Apesar de ser muito aguardo por especialistas, o documento não foi tão bem recebido pela classe, que apontou a ausência da vacina CoronaVac, de grupos prioritários e de um detalhamento maior de como será feita a logística de distribuição das doses como alguns dos pontos que devem ser melhorados.
Uma das principais críticas feitas por especialistas ouvidos por O Globo foi sobre a ausência da vacina CoronaVac , desenvolvida pela chinesa Sinovac em parceria com o Instituto Butantan.
"Como que em um plano nacional de imunização uma vacina que está sendo testada no Brasil não foi sequer citada como uma das possibilidades? Enquanto isso, se coloca que estão negociando com a Pfizer , que é uma vacina que precisa de uma cadeia de frio muito especial, como esses como freezers -70° que não são baratos nem podem ser abertos a toda hora, e tem uma logística toda complexa. Mas não fala da outra vacina só porque está brigado com o governo A, B ou C? Isso não pode", declarou Roberto Medronho, professor titular de Epidemiologia da UFRJ.
EUA dão autorização final para imunizante
O Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), órgão de saúde dos Estados Unidos, anunciou neste domingo a aprovação da vacina contra a Covid-19 desenvolvida pelas farmacêuticas Pfizer e BioNTech . O objetivo é entregar o primeiro lote de vacinas em 24 horas a todos os hospitais e locais que o solicitarem e vacinar os primeiros americanos imediatamente.
"Tenho esperança de começar entregas da vacina nos centros de imunização amanhã (segunda-feira, 14)", disse o chefe da Food and Drug Administration (FDA) dos Estados Unidos, Stephen Hahn, à CNN americana. "E nesta semana publicaremos nossa avaliação dos dados da vacina produzida pela Moderna".
A votação ocorreu na tarde deste sábado (13). Ela foi realizada entre os conselheiros do CDC para avaliar a recomendação da vacina e, com 11 votos a favor e três abstenções, o comitê aprovou o imunizante, que foi liberado para uso emergencial na sexta-feira pela agência reguladora de medicamentos americana, a FDA.
Para atingir a imunidade coletiva, sinônimo de retorno à normalidade, entre 75% e 80% da população dos Estados Unidos precisaria ser vacinada , alertam os especialistas. Porém, isso não acontecerá antes de "maio ou junho", segundo Moncef Slaoui, assessor científico da operação de vacinação do governo.