A China autorizou que o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), chame a CoronaVac
, vacina contra a Covid-19 produzida pela fabricante chinesa Sinovac e o Instituto Butantan, de "vacina do Brasil". A informação é da coluna Painel, do jornal Folha de S.Paulo
.
Segundo a coluna, o governo chinês disse não ver problema na utilização do termo vacina do Brasil para o imunizante, caso isso tenha potencial de facilitar a aceitação da população brasileira.
A ideia é se afastar da rejeição à uma vacina chinesa , o que, segundo pesquisa realizada pelo Datafolha, é realidade. A maior parte dos entrevistados pelo instituto diz que prefere uma vacina de origem norte-americana (86%), inglesa (85%) ou russa (71%). Metade dos brasileiros disseram que não tomariam uma vacina de origem chinesa .
Doria tem chamado a CoronaVac de "vacina do Butantan", evitando apresentar qualquer relação do imunizante com a China. O instituto brasileiro que desenvolve a vacina com a Sinovac também se empenha para defender a confiabilidade do trabalho, com campanha contra fake news nas redes sociais e propaganda na TV que diz "Se a vacina é do Butantan, pode confiar".
Segundo o Datafolha, 22% não pretendem se vacinar, enquanto 73% disseram que participarão da imunização. Outros 5% não sabem. A rejeição às vacinas , que não está limitada à CoronaVac, embora haja maior resistência ao imunizante de origem chinesa, vem aumentando. Em agosto, somente 9% diziam que não pretendiam se vacinar contra a Covid-19.
O levantamento foi realizado entre 8 e 10 de dezembro pelo Datafolha, ouvindo 2.016 brasileiros de todas as regiões e estados, por telefone. A margem de erro é de dois pontos percentuais.