A variante do novo coronavírus (Sars-CoV-2) encontrada em quatro viajantes do Japão que estiveram no Amazonas têm origem no Brasil. A conclusão foi tirada de pesquisas realizadas pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) no estado, o que mostra que as mutações, até então inéditas, criaram uma possível linhagem brasileira do novo coronavírus. As informações são do portal UOL .
De acordo com os cientistas, ainda é cedo para ter certeza, mas as mutações achadas podem significar que essa nova linhagem tem maior poder de transmissão. O motivo para isso seria que duas importantes mutações foram descritas simultaneamente na parte que faz a ligação do vírus às células e está é relacionada à sua capacidade de transmissão.
A nova linhagem, que recebeu a definição de B.1.1.28, está presente em todo o país e que é a mais frequente no Amazonas.
"Os japoneses colocaram os dados do sequenciamento no banco de dados internacional, e as amostras colhidas agrupam com as nossas aqui. É o mesmo vírus, mas com muitas mutações", disse Felipe Naveca, pesquisador da Fiocruz no Amazonas.
Manaus, a capital do estado, vive uma nova da Covid-19 após o aumento de casos e hospitalizações, com números maiores e crescimento mais acelerado que na primeira fase da doença. O prefeito David Almeida (Avante) anunciou que o sistema público está novamente em colapso.
O governador Wilson Lima (PSC) afirmou que há carência de oxigênio para pacientes internados. Diante do cenário, nesta segunda-feira (11), o ministro da Saúde, general Eduardo Pazuello, visitou Manaus e prometeu ajuda ao estado para suprir a carência da rede.
Também nesta segunda, Manaus atingiu o recorde de enterros já registrados na cidade. Foram 150 em apenas um dia, sendo que foram óbitos confirmados por Covid-19.
O número de hospitalizações também explodiu na capital do Amazonas. Ontem os registros foram de 250, recorde em apenas um dia até aqui desde o início da pandemia. No início do mês passado, essa média era de 40.
Eram 1.994 pacientes internados com a doença ou suspeita dela, sendo 545 em Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Não há mais vagas disponíveis, e pessoas doentes precisam esperar por uma desocupação por morte ou alta nos hospitais. O Amazonas tem 216.112 casos confirmados e 3.758 óbitos até aqui pela covid-19.