A vacinação no Brasil com vacinas de Oxford produzidas nacionalmente pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) corre risco de atrasar. O motivo é que a importação dos ingredientes para o imunizante ainda não foi liberada por autoridades chinesas. O primeiro carregamento deveria chegar na próxima semana, mas problemas burocráticos impediram a liberação. A informação é do colunista Merval Pereira, do jornal O Globo .
A linha de produção da Fiocruz já está pronta para produzir, depois das 2 milhões de doses a serem importadas da Índia, mais 5 milhões de doses em fevereiro e iniciar em abril a produção de mais 50 milhões. Os problemas burocráticos, porém, giram em torno do protocolo internacional de transporte biológico de vírus vivo.
De acordo com o Ministério da Saúde, o Plano Nacional Imunização contra a Covid-19 vai usar inicialmente a CoronaVac, produzida pelo Instituto Butantan em parceria com o laboratório chinês Sinovac Biotech, e da vacina de Oxford.
As doses iniciais somadas dos dois imunizantes seriam 8 milhões, mas o cancelamento do voo que buscaria 2 milhões de doses da vacina de Oxford na Índia diminuiu essa quantidade. Agora, o início da imunização só deve ser com a CoronaVac.
Neste domingo (17), a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) analisa o pedido de uso emergencial dos dois imunizantes . No caso da CoronaVac, caso o parecer do órgão regulador foi favorável, a aplicação das doses pode começar ainda hoje.