Funcionários do Hospital das Clínicas estão sendo vacinados contra a Covid-19
Governo do Estado de São Paulo/Divulgação
Funcionários do Hospital das Clínicas estão sendo vacinados contra a Covid-19

Profissionais de Saúde de hospitais públicos e privados de São Paulo estão revoltados ao receberem informações de que funcionários que não estão na linha de frente do combate à Covid-19 e trabalham em home office estariam sendo imunizados contra a doença. Para esses profissionais, o Hospital das Clínicas estaria tendo privilégios na campanha de vacinação. As informações são da colunista Mônica Bergamo, do jornal Folha de S.Paulo .

"Chegaram informações de que médicos do HC que estão há oito meses em home office, que não estão no atendimento direto a pacientes com Covid-19, foram chamados para se vacinar. Em outros hospitais, profissionais que enfrentaram a pandemia desde o começo, trabalhando em UTIs, podem ficar sem o imunizante", afirmou o secretário municipal de Saúde da Prefeitura de São Paulo, Edson Aparecido.

"Há declarações de que até funcionários do setor administrativo receberam vacina. Não somos contra o HC, somos a favor de ter critérios que priorizem os da linha de frente", completou o secretário.

O governo estadual enviou lotes da CoronaVac à Prefeitura de São Paulo nesta semana para que ela distribuísse para todos os hospitais da cidade, tanto os públicos estaduais e municipais quanto os privados.

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O Hospital das Clínicas, no entanto, apresentou seu plano de vacinação diretamente para o governo estadual e recebeu as doses da Secretaria da Saúde. A instituição, referência no tratamento à Covid-19, montou 30 estações em seu centro de convenções e anunciou que vai imunizar 30 mil profissionais.

Segundo o secretário da Saúde, o município de São Paulo tem 500 mil profissionais de saúde e 35% deles trabalham na linha de frente do atendimento à Covid-19. A Prefeitura de São Paulo, no entanto, só recebeu 203 mil doses da vacina.

"O critério foi injusto", diz Edson Aparecido, que ficou responsável por distribuir as vacinas para todos os outros hospitais da cidade, com exceção do HC.

"A vacina pode dar segurança e estabilidade aos profissionais que há quase um ano lutam na linha de frente. E isso não está ainda acontecendo", afirma Aparecido.

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