A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária)
disse nesta segunda-feira (15) que não há indícios, no Brasil, de que a vacina da AstraZeneca/Oxford
esteja causando coágulos
em pessoas vacinadas. Alguns países suspenderam o uso da vacina para investigar o caso.
Apesar de não ver relação de causa e efeito, o órgão disse que monitora cinco ocorrências suspeitas de tromboembolismo entre os quase 3 milhões de pessoas que tomaram a vacina no Brasil.
"Já foram aplicadas mais de dois milhões e oitocentas mil doses da vacina Fiocruz/AstraZeneca no Brasil. A Anvisa está monitorando nesse conjunto a ocorrência de cinco casos suspeitos de eventos tromboembólicos aqui ocorridos, não havendo, até o momento, correlação estabelecida entre o uso da vacina Fiocruz/Astrazeneca com eventos adversos relacionados à coagulação sanguínea", disse a Anvisa em comunicado da Gerência Geral de Monitoramento de Produtos Sujeitos à Vigilância Sanitária. O informe diz, ainda, que o lote suspenso por alguns países da Europa não veio para o Brasil.
"O lote suspeito – ABV5300 – é fabricado pela Astrazeneca e não é utilizado no Brasil. As vacinas utilizadas no Brasil, até a presente data, que foram importados pelo Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos - Bio-Manguinhos/Fundação Oswaldo Cruz, provêm do Serum Institute of India Pvt. Ltd, outro sítio de fabricação da vacina e, portanto, lotes diferentes daquele utilizado nos países relatados", continua a nota.
A Anvisa também afirmou que já solicitou informações sobre a investigação promovida na Europa. Até o momento, 16 países já suspenseram o uso da vacina. A Organização Mundial da Saúde, porém, é contra a suspensão.