O secretário municipal da Saúde da cidade de São Paulo, Edson Aparecido, afirmou, neste sábado (20), que a Prefeitura está "mudando a logística" e concentrando pacientes com Covid-19 nos dois "hospitais-catástrofe" do município, no Jabaquara e em Itaquera, para garantir o abastecimento de oxigênio.
"Nós estamos mudando toda a logística, concentrando nossos pacientes de Covid-19 nos grandes hospitais, para que a gente possa ter um abastecimento constante de oxigênio", disse o secretário, em entrevista ao SP1, da TV Globo.
A mudança na postura vem após a transferência de 10 pacientes de uma UPA na Zona Leste durante a madrugada deste sábado (20) por uma falha no abastecimento de oxigênio do local.
Para atender a demanda por oxigênio, que cresceu 121% na cidade, o secretário ainda disse que a prefeitura pediu ajuda à Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) para o empréstimo de mais cilindros. Segundo ele também, o município está se preparando para montar um esquema distribuição com caminhões para garantir que todo o sistema municipal receba o insumo.
Segundo a White Martins, empresa fornecedora do insumo para a rede pública e privada, em janeiro, o volume diário de oxigênio consumido foi de 75 mil metros cúbicos na cidade de São Paulo. Nesta última quarta-feira (17), o volume atingiu a marca de 166 mil metros cúbicos por dia.
Situação crítica no estado
Pelo menos 54 cidades do estado estão com o estoque de cilindros de oxigênio em estado crítico, segundo um levantamento do Conselho de Secretários Municipais de Saúde de São Paulo (Cosems/SP) divulgado neste sábado (20).
Dos 654 municípios do estado, 69 responderam ao questionamento sobre a falta de cilindros de oxigênio no levantamento do Cosems/SP.