Pela terceira vez seguida, o Ministério da Saúde diminuiu a previsão de doses de vacina contra a Covid-19. De 39,8 milhões de doses na última semana passou para 37,9 milhões, segundo a última atualização no cronograma. A queda de 1,9 milhões de doses já é a quinta para o mês de junho e pode desacelerar o ritmo de imunização.
A projeção puxada pela redução de 50% no número de doses da Covishield, da Universidade de Oxford e da AstraZeneca, fornecidas pela Covax Facility. Agora, o consórcio global prevê entregar 2 milhões de doses ante as 4 milhões divulgadas na semana passada. O restante foi incluído nas remessas de julho.
Ao todo, o governo federal projeta outras 18 milhões de doses da Covishield, dessa vez produzida pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), e 5 milhões da Coronavac, fabricada no Instituto Butantan, para este mês. Há, ainda, 12 milhões da Comirnaty, da Pfizer/BioNTech, e mais 842.400 doses dessa vacina, via Covax Facility.
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As 3 milhões de doses da vacina da Jannsen, braço farmacêutico da Johnson & Johnson, não constam na previsão, porque a remessa ainda não foi confirmada ao governo. Com aplicação em dose única, os imunizantes devem chegar ao Brasil perto do vencimento (27 de junho), o que exigirá maiores esforços de logística para a distribuição e uso rápidos da vacina.
Em 2 de junho, houve redução de 4 milhões na projeção de doses para junho. O mesmo cronograma indicou corte de 8,4 milhões na previsão atualizada em 26 de maio. Ainda em março, o governou chegou a anunciar 56,5 milhões de vacinas para junho. De lá para cá, a queda representa 32,9%.
Procurado pela reportagem, o Ministério da Saúde não se manifestou.