O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), afirmou nesta quarta-feira que negocia com pelo menos outros dois estados, Ceará e Espírito Santo, a venda de vacinas adicionais da CoronaVac. Esse envio só deve ser feito, no entanto, após o término do contrato do Instituto Butantan, que produz o imunizante, com o Ministério da Saúde, que prevê a entrega de 100 milhões de doses até 30 de setembro.
Doria afirma que essa meta será atingida com um mês de antecedência, até 30 de agosto. A partir de então, o governo paulista passará a negociar diretamente com outros estados. O estado já comprou 30 milhões de doses da CoronaVac adicionais para vacinar a população após o encerramento do acordo com o governo federal.
"O governador Camilo Santana (PT-CE) falou comigo no começo da semana. O Renato Casagrande (PSB-ES) tbm fez solicitação para aquisição de vacinas adicionais. Todos os estados que desejarem vacinas adicionais, nós atenderemos aqui pelo Instituto Butantan", afirmou Doria.
A declaração foi feita nesta manhã, durante evento no Instituto Butantan para liberação de 800 mil doses da CoronaVac ao Programa Nacional de Imunizações (PNI), por meio do qual serão redistribuídas a todos os estados. Na quinta-feira, outro lote de 200 mil imunizantes será enviado ao Ministério da Saúde.
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Diretor do Butantan, Dimas Covas afirmou que o instituto aguarda uma documentação da China para completar a formalização do pedido junto à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) de inclusão de crianças e adolescentes, entre 12 e 17 anos, no público-alvo do uso emergencial da CoronaVac. Atualmente, apenas a vacina da Pfizer tem autorização federal para uso nesse grupo.
O governo de São Paulo anunciou no último domingo que pretende aplicar a primeira dose da vacina contra a Covid-19 em todos os adultos do estado até 20 de agosto. Três dias depois, o plano é começar a imunização de adolescentes de 12 a 17 anos, num cronograma que se estenderia até 30 de setembro.
"Quando nós apresentamos no domingo o calendário de vacinação para 12 a 17 anos, trabalhamos com vacina da Pfizer. Claro, a partir do momento que tivermos a inclusão da vacina do Butantan (CoronaVac) para crianças e adolescentes, a gente vai rever o nosso calendário", afirmou Regiane de Paula, coordenadora do PNI em São Paulo.