Não é novidade para ninguém que além de afetar muito a saúde de pacientes durante o período de infecção, a Covid-19 também gera alguns sintomas de longa duração que acompanham as pessoas mesmo depois da recuperação.
Fazem parte do chamado “Pós-Covid”, sintomas como: dificuldades cardiorrespiratórias, fraqueza muscular, fadiga e cansaço em excesso. Tais problemas podem afetar atividades rotineiras, como comer, andar ou até mesmo levantar de cadeiras e sofás.
Pensando em uma maneira para tratar esses pacientes durante a fase pós-Covid, os pesquisadores da Escola de Educação Física e Esporte (EEFE) da Universidade de São Paulo (USP) apontaram que a melhor saída é investir em exercícios físicos.
De acordo com o estudo, atividades físicas, principalmente aeróbicas, fazem com que o corpo humano resgate a funcionalidade da enzima ECA2, que funciona como um receptor do SARS-CoV-2. A disfunção da enzima pode fazer com que quadros de inflamação apareçam, aumentando a morte de células do tecido nervoso.
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Problemas na enzima ECA2 podem resultar até mesmo no desenvolvimento de problemas como depressão e ansiedade.
Desnutrição no pós-Covid
Outro problema recorrente em pessoas que sobreviveram a Covid-19 é a dificuldade deglutir alimentos e até mesmo perda de olfato e paladar prolongada. Segundo especialistas da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), não há um alimento que ajude especificamente nesta recuperação, mas uma dieta adequada pode gerar melhores respostas.
A professora de Nutrição da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS), Sônia Alscher, relata ainda que pacientes da Covid-19 podem ter o estado nutricional afetado já que a falta de apetite, paladar e olfato levam à baixa ingestão alimentar.
O estudo italiano Nutritional management of covid-19 patients in a rehabilitation unit, mostra que a desnutrição em pacientes que passaram por uma forma grave da Covid-19 é uma sequela recorrente. Os autores do estudo destacam que, de acordo com os parâmetros do Malnutrition Universal Screen Tool (MUST), entre os pacientes acompanhados, 45% tinham alto risco de desnutrição, enquanto outros 26% apresentavam risco moderado.