2ª dose da Pfizer e AstraZeneca são essenciais contra a Delta
Reprodução: iG Minas Gerais
2ª dose da Pfizer e AstraZeneca são essenciais contra a Delta


Um estudo publicado na quarta-feira (21) reforça a necessidade da segunda dose das vacinas da AstraZeneca e Pfizer contra a variante Delta da Covid-19. Pesquisadores do sistema de saúde do Reino Unido e da Universidade de Oxford, em parceria com o Imperial College London, identificaram uma eficácia de cerca de 30% dos imunizantes contra a cepa na aplicação de apenas uma dose.

A variação da eficácia após a primeira dose das duas vacinas foi de 25,2% a 35,7% contra a Delta, segundo o estudo. Esse poder de proteção mais do que dobra após a aplicação da segunda dose. Para a AstraZeneca, a eficácia registrada chega a 67%, variando entre 61,3% a 71,8%. Já a Pfizer alcança 88%, variando entre 85,3% a 90,1%.

Para a variante Alfa, identificada pela primeira vez no Reino Unido, a eficácia alcançada pelas duas vacinas é de 48,7% com apenas uma dose, variando entre 45,5% a 51,7%. Com as duas doses, a eficácia da Pfizer salta para 93,7%, variando entre 91,6% a 95,3%. Para a AstraZeneca, esse índice é de 74,5%, variando de 68,4% a 79,4%.

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Em entrevista à CNN, na quarta-feira (22), a pneumologista e pesquisadora da Fiocruz, Margareth Dalcomo, afirmou que  todas as vacinas disponíveis no Brasil protegem contra a variante Delta da Covid-19. No entanto, o quanto elas protegem será "determinado quanto mais formos estudando e fazendo vigilância genômica".

"A nossa expectativa é de que as vacinas que estamos utilizando aqui protejam. Mas sabemos, por outro lado, que as vacinas perdem um pouco da sua capacidade de proteção quanto mais ocorrem variantes", explicou a pesquisadora.

Também na quarta, um novo estudo de especialistas da Univesidade de Nova York (NYU), indicou que a  vacina da Janssen pode ser menos efetiva contra as variantes Delta e Lambda do coronavírus. A pesquisa ainda não passou por revisão de especialistas independentes nem foi publicada em revista científica, mas sugere a necessidade de uma segunda dose do imunizante.

Sobre a CoronaVac , segunda vacina mais aplicada no Brasil, José Geraldo Leite, epidemiologista do Grupo Pardini, disse ao iG Saúde que, apesar de ainda não haver um estudo específico, pode haver uma diminuição da eficácia do imunizante.  "É uma diminuição da eficácia, e não ineficácia, principalmente para formas menos graves", explicou o especialista.

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