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Uma pesquisa inicial publicada nesta sexta-feira (6) no JAMA (Jornal da Associação Médica Americana) aponta que uma dose do imunizante da Pfizer pode ser suficiente aos indivíduos que já testaram positivo para a Covid-19.
"Observamos níveis mais elevados de anticorpos contra SARS-CoV-2 em indivíduos previamente infectados após 1 dose de BNT162b2 [nome científico da vacina da Pfizer] em comparação com indivíduos virgens de infecção após 2 doses", escreveram os pesquisadores dos Estados Unidos.
De acordo com eles, não houve aumento significativo dos títulos de anticorpos IgG específicos contra a proteína spike (o alvo da vacina) em indivíduos que tiveram a doença anteriormente e já receberam as duas doses. Desse modo, a segunda dose não teria mais benefícios.
"No entanto, é importante notar que um diagnóstico de PCR positivo por si só não foi suficiente para descartar a necessidade de uma segunda dose da vacina. Em 4 participantes que relataram um PCR positivo, mas não desenvolveram anticorpos para proteína S, a resposta à primeira dose da vacina foi mais semelhante à do grupo sem infecção", destacam os autores do estudo.
Eles alertam que uma das soluções pode ser a realização do teste sorológico para verificar se existe ou não a necessidade de tomar uma segunda dose do imunizante. A pesquisa, no entanto, não deve servir como parâmetro, já que foram testados apenas 59 pacientes. Porém, os cientistas ressaltam que ela "pode ser útil para discussões em torno da estratégia de vacinação". O trabalho também não levou em consideração a imunidade celular conferida pela vacina.
Ainda não há indicação de utilizar apenas uma dose da vacina da Pfizer, e o único imunizante recomendado para ser dose única é o da Janssen .