O estado do Rio vai passar a fazer, a partir deste mês, sequenciamento genético da variante Delta em pacientes internados em nove hospitais. A cepa é considerada mais contagiosa do que as outras variantes do coronavírus.
O estudo terá duas etapas. A primeira será realizada com 300 amostras de pacientes internados em nove hospitais das nove regiões que fazem parte da Rede Nacional de Vigilância Epidemiológica. São elas: Metropolitana I, Metropolitana II, Noroeste Fluminense, Norte Fluminense, Serrana, Baixada Litorânea, Médio Paraíba, Centro-Sul Fluminense e Baía da Ilha Grande.
Na segunda rodada, serão utilizadas amostras aleatórias, como já vinha sendo feito. O objetivo, segundo a secretaria, é monitorar também qual variante tem causado mais internações. Essa nova etapa do estudo foi planejada em conjunto com o grupo técnico assessor da Secretaria estadual de Saúde, composto por especialistas da Fiocruz, Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ) e UNIRIO.
Mensalmente, a Secretaria de Estado de Saúde já realiza a análise de cerca de 800 amostras de todo o estado através do estudo Corona-Ômica-RJ, um dos maiores do país. Desde janeiro, já foram analisadas mais de 3.500 amostras pelo Corona-Ômica-RJ.
Ainda segundo a secretaria, o sequenciamento do coronavírus não é um exame de rotina nem de diagnóstico. É feito como vigilância genômica, para identificar modificações sofridas pelo vírus SARS-CoV-2 no estado. O número de amostras analisadas é baseado em um estudo de capacidade operacional.
O projeto Corona-Ômica-RJ é uma parceria entre SES, Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (Faperj), Laboratório Nacional de Computação Científica (LNCC), Laboratório de Virologia Molecular da UFRJ, Laboratório Central Noel Nutels, Fiocruz e Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro.
O 31º Boletim Epidemiológico da cidade do Rio, divulgado na última sexta-feira (6), mostrou a primeira alta de casos de Covid-19 na capital fluminense desde a semana epidemiológica 21, que terminou em 29 de maio. Segundo o painel da prefeitura, houve um crescimento de 17% na quantidade de casos leves da doença entre as semanas 26 e 30 — fim de junho e fim de julho, respectivamente.