Governo de SP vai se reunir para decidir sobre 3ª dose contra Covid-19
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Governo de SP vai se reunir para decidir sobre 3ª dose contra Covid-19

O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), afirmou que a equipe técnica de combate à pandemia deve se reunir nesta quinta-feira para decidir sobre a necessidade de aplicação de uma  terceira dose de vacina contra a Covid-19. O governo vem sendo cobrado por uma definição frente à ameaça da circulação da  variante Delta, cepa do coronavírus considerada mais transmissível.

A eventual aplicação de uma  terceira dose será a pauta principal do encontro, que contará com integrantes do Programa Estadual de Imunização (PEI), como o diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas, e os dois coordenadores do comitê científico, João Gabbardo e Paulo Menezes. Doria deve anunciar na sexta-feira o que for decidido na reunião.

Questionado sobre estudos apontando para uma queda na imunidade de idosos vacinados contra a Covid-19 ao longo do tempo, o que levaria a um maior risco de contrair a doença, Covas declarou que o instituto prevê a necessidade da terceira dose, mas que a prevalência da variante Delta "ainda não é realidade" no país.

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"O Butantan se prepara para uma eventualidade de uso de uma terceira dose. É importante citar que os dados que estão sendo discutidos em nível mundial se referem especificamente à introdução em países onde a variante Delta foi introuzida. A variante Delta realmente preocupa, mas ainda não é a nossa realidade. Os casos e as internações continuam caindo, e os óbitos, mais ou menos estáveis. Se a variante Delta vier a prevalecer, essa situação terá que ser enfrentada", disse Covas.

O diretor do Butantan, por outro lado, fez ressalvas à urgência da dose de reforço e mencionou que a maioria da população brasileira nem sequer completou o esquema vacinal com as duas aplicações.

"Sem dúvida nenhuma a terceira dose tem que ser considerada, mas temos que considerar também que existe uma faixa grande da população que só recebeu uma dose. Então é preciso colocar na balança e ver qual é a urgência do momento. Nós temos que completar a segunda dose, na minha opinião. Essa é a posição da Organização Mundial de Saúde (OMS). E eventualmente começar a vacinação de grupos por idade, começando pelos mais idosos", afirmou.

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