A Anvisa informou que está investigando a morte de um adolescente de 16 anos vacinado com a vacina da Pfizer. O caso veio a público mais cedo, citado pelo próprio ministro da Saúde Marcelo Queiroga, durante coletiva de imprensa sobre a suspensão da vacinação para crianças e adolescentes de 12 a 17 anos .
Segundo a agência reguladora, "não há uma relação causal definida entre este caso e a administração da vacina" - ou seja, as causas do óbito, ainda desconhecidas, podem ter ou não relação com o imunizante.
O comunicado frisa também que não existem evidências que embasem uma alteração nas condições aprovadas para a vacina. Os representantes da agência reguladora vão se reunir com representantes da Pfizer e os responsáveis pela investigação para obter mais informações. O caso foi registrado em 2 de setembro, e informado ao órgão em 15 de setembro.
A vacina da Pfizer é a única aprovada para aplicação em crianças e adolescentes de 12 a 17 anos no Brasil. A orientação é a mesma adotada pelas agêcias EMA (União Europeia), FDA (Estados Unidos), MHRA (Reino Unido, Health CAnada, TGA (Austrália) .
Suspensão da vacinação
O Ministério da Saúde orientou hoje a suspensão da vacinação em todo o país para adolescentes de 12 a 17 anos. Segundo a pasta, apenas jovens com comorbidades ou privados de sua liberdade devem receber o imunizante. Em entrevista, o ministro Queiroga alegou que faltam estudos para embasar a aplicação, no entanto, o cronograma do ministério já previa a inclusão do grupo no calendário de vacinação.
Estados e municípios, no entanto, podem não seguir a determinação. O governador de São Paulo, João Doria, já afirmou que a vacinação vai continuar no estado. Na capital, os jovens também vão continuar a receber o imunizante. Já Salvador, na Bahia, suspendeu a aplicação.