Diretor do Instituto Lazzaro Spallanzani, Francesco Vaia, concede coletiva em Roma sobre casos de varíola dos macacos
Reprodução/ANSA - 23.05.2022
Diretor do Instituto Lazzaro Spallanzani, Francesco Vaia, concede coletiva em Roma sobre casos de varíola dos macacos

As autoridades sanitárias da Itália confirmaram nesta segunda-feira (23) o quarto caso de varíola de macacos no país e o primeiro na região da Toscana .

Trata-se de um homem de 32 anos recém-retornado de férias nas Ilhas Canárias, na Espanha, assim como o "paciente zero" da doença na Itália, diagnosticado na semana passada, em Roma.

O indivíduo é morador de Arezzo, na região da Toscana, e está isolado no departamento de doenças infecciosas de um hospital da cidade. Ele voltou das Canárias em 15 de maio e rapidamente apresentou sintomas da varíola de macacos, incluindo lesões cutâneas.

As autoridades sanitárias da Toscana já identificaram todos os contatos do paciente desde seu retorno à Itália e os colocaram em um programa de vigilância para verificar o possível surgimento de sintomas nos próximos 21 dias.

O vírus da varíola de macacos pode ser transmitido por gotas de saliva e por contato com fluidos corporais e lesões cutâneas, inclusive durante relações sexuais. Já os sintomas são semelhantes aos da varíola - que está erradicada no mundo desde 1980 -, como febre, dores musculares e o surgimento de bolhas na pele, embora de forma mais leve.

Casos da doença já foram confirmados em mais de 10 países nos últimos dias, incluindo Alemanha, Argentina, Canadá, Espanha, Estados Unidos, França e Reino Unido.

Na Espanha, a suspeita é de que o surto esteja ligado a uma festa com milhares de pessoas realizada nas Ilhas Canárias entre os dias 5 e 15 de maio. Já em Portugal, cientistas do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (Insa), de Lisboa, concluíram o primeiro sequenciamento genético do vírus e o disponibilizaram online.

O nome "varíola de macaco" se deve ao fato de o vírus ter sido descoberto em colônias de símios, em 1958. Atualmente, acredita-se que os roedores sejam os principais hospedeiros do patógeno.

O primeiro caso em humanos data de 1970, na República Democrática do Congo, durante os esforços para a erradicação da varíola.

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