Nesta terça-feira (27), autoridades de saúde da República Democrática do Congo declararam o fim de uma nova " epidemia " de ebola, na qual foi confirmado apenas um caso da doença. Enquanto isso, a população da Uganda tenta conter outra crise, não vinculada, que "evolui rapidamente", informou o escritório da África da Organização Mundial da Saúde (OMS).
O vírus reapareceu há seis semanas na província de Kivu do Norte (leste do Congo), um país que sofreu quinze epidemias de ebola desde a descoberta da doença em 1976.
Considerada "uma das menos catastróficas" que o Congo já conheceu da doença, desta vez houve apenas um caso registrado no país. Uma anterior, a 14ª, que causou cinco mortes em três meses no oeste do país, foi declarada concluída em 4 de julho, lembra a OMS-África em nota.
Uganda, que é vizinha da República Democrática do Congo, está "em uma corrida contra o tempo para conter outra epidemia" de ebola, sem relação com a do outro país, anunciada na semana passada.
O escritório regional da OMS observa que os surtos de ebola na República Democrática do Congo foram causados pelo "zaire ebolavirus - uma das seis espécies do gênero ebola". Também acrescenta que "Uganda luta contra uma epidemia em rápida evolução".
O Ministério da Saúde de Uganda informou que até o momento pelo menos 21 mortes no país foram causadas pelo ebola. O novo surto da doença foi declarado na região na última terça-feira, quando foi registrado o primeiro óbito pelo vírus desde 2019, em um homem de 24 anos. No total, são 34 pessoas contaminadas, contando com as vítimas, por uma variante do vírus que não circulava em Uganda desde 2012, a cepa do Sudão. Os números apontam uma taxa de letalidade de 62% até agora.
Ebola
O vírus ebola é na maioria das vezes fatal, com taxas de mortalidade de até 90% para algumas cepas, embora já existam vacinas e tratamentos para a doença. Ele provoca um quadro de febre hemorrágica, que se espalha para humanos principalmente a partir de animais infectados.
A transmissão entre pessoas ocorre por meio de fluidos corporais, e os principais sintomas são febre, vômito, hemorragia e diarreia. Uganda já teve surtos anteriores da doença, que matou milhares de pessoas na África desde sua descoberta, em 1976. O surto mais recente do país foi declarado como encerrado em 2019, depois que pelo menos cinco pessoas morreram.
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