Preencher um rosto é dar exatamente o que ele precisa; suprindo suas necessidades, e realçando o que já é belo. É como fazer uma escultura utilizando os princípios de sombra e luz explorados na maquiagem. E isso requer uma gama de conhecimentos, um toque artístico e uma técnica apurada. É o que explica a dra Marcela Puglisi.
Leia também: Tem dúvidas sobre radiografia odontológica? Doutor Bruno Puglisi responde
Para isso, devemos responder algumas perguntas primordiais:
Qual rosto deve e pode ser preenchido?
Quais áreas devem ser abordadas? Malar, mandíbula, mento ou várias regiões ao mesmo tempo?
Qual desenho da região a ser preenchido?
E então podemos definir:
Qual material utilizado! Se ácido hialurônico (qual a melhor reticulação e em qual plano será implantado?)
Qual volume para cada região!
O nosso foco é a face . E a análise facial contribui para o entendimento do complexo crânio facial.
Para obter o melhor resultado, o primeiro passo para se tratar uma face são as medições das proporções faciais. A interpretação e o relacionamento dessas medidas é de fundamental importância para recompormos as proporções para cada tipo facial evitando excessos nos procedimentos e fugindo da artificialidade. Esse é o principal objetivo da harmonização orofacial .
Leia também: Qual a relação entre diabetes e os seus dentes?
Você viu?
Definir beleza é subjetivo. E como dizia Leonardo da Vinci: “ Somente a observação é a chave para o entendimento"
Temos medições específicas na face do paciente como: a altura facial,distância bizigomática e distância bigoníaca. Podendo ser medida por uma régua ou por um paquímetro.Guias criados em parâmetros na nossa literatura vão facilitar a interpretação das qualidades e defeitos estéticos de cada paciente.
Podemos calcular as medidas de acordo com a PROPORÇĀO ÁUREA: calculada dividindo medidas de áreas da face. A parte superior(numerador) pela parte inferior(denominador). E quanto mais próximo se chegar ao número da proporção áurea que é 1,618 mais bonita é considerada a face e, portanto a pessoa.
1- Topo da cabeça até o queixo / Largura da cabeça.
2- Topo da cabeça até a pupila / Da pupila até o lábio.
3- Ponta do nariz ao queixo / Dos lábios até o queixo.
4- Ponta do nariz ao queixo / Da pupila até a ponta do nariz.
5- Largura do nariz / Da ponta do nariz até os lábios.
6- Distância externa entre os olhos / Da linha da implantação capilar até a pupila.
7- Comprimento dos lábios / Largura do nariz.
Leia também: Erros na escovação dos dentes que cometemos todos os dias
Uma harmonização fundamentada nos princípios de análise facial nos permitirá alcançar resultados muito mais previsíveis ,seguros e naturais possíveis. Identificar e mapear as principais zonas estratégicas da face com necessidade ou não de volumização da face não significa deixar todo mundo igual e sim devolver a harmonia e as proporções individuais entre as estruturas faciais de cada paciente. E é assim que a análise facial contribui para o entendimento do complexo crânio facial.