Vacina produzida pelo Instituto Butantan em parceria com o laboratório chinês Sinovac Biotech
Governo do Estado de São Paulo/Divulgação
Vacina produzida pelo Instituto Butantan em parceria com o laboratório chinês Sinovac Biotech

A direção do Instituto Butantan se reuniu com um grupo de deputados para pedir apoio a liberação de verbas do governo federal, com o intuito de ampliar sua capacidade de produção da Coroanvac, vacina chinesa contra a Covid-19. 

O diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas, é quem negocia a liberação do valor pelo governo de São Paulo.

O encontro ocorreu nesta terça-feira (25) e de acordo com o de acordo com o deputado Dr. Luiz Antonio Teixeira Jr. (PP/RJ), presidente da  Comissão Externa de enfrentamento à Covid-19, mais de dez parlamentares participaram do encontro sobre as demandas do instituto.

Em uma postagem no Instagram, o parlamentar publicou fotos da reunião. "Conhecemos a capacidade de produção do centro de pesquisa da vacina CoronaVac, uma das mais avançadas em pesquisa no mundo. Na Comissão, estamos discutindo todas as opções de vacinas que estão em fase de testes clínicos mais avançados, para que todos os brasileiros estejam imunizados o quanto antes, logo que comprovada a eficácia da vacina", postou. 



Na Câmara dos Deputados, três emendas protocoladas junto à Secretaria-Geral da Mesa pedem a inclusão do Instituto Butantan na medida provisória que destina quase R$ 2 bilhões a produção da vacina de Oxford.

O diretor do Butantan, Dimas Covas, disse que se reunirá nesta quarta-feira (26) com o ministro interino da Saúde, Eduardo Pazuello, para apresentar o projeto da Coronavac.

“O Butantan fornece vacinas, todas as vacinas que ele produz, ao Ministério da Saúde, o Programa Nacional de Imunização e esse é o projeto. Vamos oferecer essa vacina, esses 45 milhões de doses ao Ministério da Saúde isso será, inclusive, objeto de uma audiência que teremos amanhã com o Ministro da Saúde para fazer essa oferta de forma oficial e aí cabe ao ministério, ao programa nacional de imunização definir como a vacina será utilizada. Obviamente, que essa vacina é para os brasileiros, não é para os paulistas” , explicou Dimas Covas.

Na última segunda-feira (23), o governador de São Paulo João Doria disse que pediu  R$ 1,9 bilhão ao Ministério da Saúde para auxiliar na produção da vacina chinesa. O valor é o mesmo destinado à Fundação Oswaldo Cruz, que trabalha na pesquisa de imunização em conjunto com a Universidade de Oxford.

"O nosso pleito não foi pra dividir o recurso destinado a Fiocruz [Fundação Oswaldo Cruz, no Rio de Janeiro]. Nós respeitamos a Fiocruz e entendemos como acertada a decisão do investimento em Manguinhos, na Fiocruz, para que ela possa estar preparada para produzir a vacina de Oxford e multiplicar a sua capacidade de produção. O que nós solicitamos foi o mesmo recurso, na mesma quantidade, R$ 1.9 bilhão para o Instituto Butantan para que tenha e cumpra a mesma finalidade com a Coronavac", disse Doria durante coletiva de imprensa no início da tarde desta segunda-feira (24).

Coronavac

Os testes da vacina chinesa contra a Covid-19 começaram no dia 21 de julho no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP).

Ao todo,  9 mil profissionais da saúde participam dos testes nos estados de São Paulo, Rio Grande do Sul, Paraná, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Brasília, durante a terceira fase de testes da Coronavac.

De acordo com o governo estadual, o Instituto Butantan está adaptando uma fábrica para a produção da vacina. A capacidade de produção é de até 100 milhões de doses.

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