Carlos Lula, presidente do Conass,
Foto: Reprodução
Carlos Lula, presidente do Conass,

O presidente do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e responsável pela pasta no Maranhão, Carlos Lula, afirmou que a crise no sistema de saúde brasileiro por causa da pandemia da Covid-19  deve permanecer por pelo menos mais seis semanas. 

Em entrevista à CNN Brasil, Carlos Lula ressaltou que as pessoas não estão tendo acesso ao sistema de saúde para se tratar. "A tendência é que isso permaneça. E o que é pior é que hoje a gente está perdendo pessoas não só em leitos hospitalares, mas sem o leito hospitalar. Estamos perdendo pessoas na fila de espera, sem ter o direito sequer de ter um tratamento digno ou a entrar em uma UTI. Isso porque as filas estão tão grandes e o sistema não tem dado conta", lamentou. 

De acordo com o secretário, é preciso acelerar a vacinação para desafogar os hospitais. Ele disse ainda que o prazo para e ssa melhora pode ser de dois meses.  "Talvez em maio se a gente conseguir cumprir o cronograma de vacinação e vacinar a população acima de 60, podemos ter uma diminuição no número de óbitos", afirmou Carlos.

Ainda sobre uma melhora dos números atuais, o secretário explicou que além da vacinação, é importante evitar que as pessoas adoeçam. "E a gente só evita isso com as medidas de distanciamento social, com o uso de máscaras e com a higienização correta". 

Carlos Lula lamentou que o momento atual é como se o Brasil estivesse em uma nova primeira onda, diferente do ano de 2020, principalmente pela mudança do perfil dos pacientes. "Essa não é Covid que a gente conheceu no passado, a nova é mais intensa, mais rápida e leva uma evolução muito pior para os pacientes".

O presidente do Conass também voltou a defender a carta enviada pelo conselho ao governo federal, que pedia uma ação nacional de combate à Covid-19. "A carta se mantém e a  situação piorou. É preciso refazer o comitê de crise para termos reuniões diárias e tomar medidas urgentes. Já faltam respiradores, faltam monitores e vai faltar medicamento para intubar pacientes", declarou.

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