Uma britânica identificada como Susie Forbes, de 49 anos, teve uma rara reação alérgica após receber a primeira dose da vacina Oxford/AstraZeneca contra a Covid-19 no último dia 18 de março. Após receber o imunizante, a mulher teve uma série de erupções na pele semelhantes a queimaduras de terceiro grau.
Forbes afirma que a reação começou poucas horas após a aplicação e as erupções só estão começando a desaparecer agora, cerca de três semanas depois. “Parecia que estava em Alien porque havia bolhas saindo do meu braço. Foi horrível. Meu rosto estava enorme. Eu era um monstro”, disse ela em entrevista ao The Sun.
Segundo o MHRA, sigla em inglês para Agência Reguladora de Medicamentos e Produtos de Saúde, 10% das pessoas que receberem a vacina da AstraZeneca terão algum tipo de reação alérgica. Contudo, reações como a experimentada por Susie Forbes são extremamente raras e não se sabe
Uma em 20 milhões
Entre os sintomas mais comuns entre as pessoas inoculadas com a Vaxzevria, estão dores de cabeça, cansaço e coriza, algo semelhante a um resfriado leve. A reação de Susie, até o momento, é única entre os mais de 20 milhões de pessoas que receberam a vacina.
A dona de casa acredita que as erupções na pele aconteceram por conta de uma reação alérgica a algum dos ingredientes da vacina, já que ela também já teve reações anafiláticas à penicilina e ao remédio Stemetil, que é usado contra enjoos.
As autoridades dizem que mesmo pessoas com alergias que causem anafilaxia podem receber a vacina sem problema, mesmo que essa alergia envolva medicamentos. Porém, isso muda se essa alergia for a algum item presente no imunizante, algo que ainda não se tem certeza no caso de Susie.
Outras possibilidades
Susie Forbes também é portadora da síndrome de Guillain-Barré, uma condição autoimune que faz o corpo atacar acidentalmente os nervos. Os médicos acreditam que essa doença é causada por um problema com o sistema imunológico.
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Por conta dessa condição, ela toma vários medicamentos, como gabapentina e tramadol, para controlar seus sintomas, que podem incluir dormência, fraqueza e dor. Além disso, ela estava tomando morfina líquida e codeína quando recebeu a injeção por conta de uma fratura no pulso ocorrida cinco dias antes.
Susie diz que avisou ao seu médico e aos enfermeiros sobre sua condição e os medicamentos que tomava, mas disseram a ela que não havia nenhum problema e mantiveram a vacina para o dia 18 de março.
“Eu pessoalmente acho que eles não olharam exatamente para o que eu tenho”, disse Forbes. “Acho que eles não deveriam ter me dado até que investiguem o que eu tenho. Eles nem me perguntaram”, completou.
Um porta-voz do MHRA afirmou que os benefícios da vacinação superam em muito os potenciais riscos, como efeitos colaterais. Além disso, o representante declarou que as reações não necessariamente tenham sido causadas pela vacina e podem estar ligadas a outras condições.
Com informações do The Sun