Classificada como "variante de preocupação" pela Organização Mundial da Saúde (OMS), a Ômicron tem pelo menos três vezes mais chance de provocar reinfecção pelo coronavírus do que as cepas descobertas anteriormente. A conclusão foi obtida por meio de um estudo preliminar realizado por cientistas da África do Sul. O país foi o primeiro a identificar a nova variante.
Segundo os pesquisadores Juliet Pulliam e Harry Moultrie, o resultado mostra a "capacidade da Ômicron de escapar da imunidade de infecções anteriores". Juliet integra o Centro Sul-Africano para Modelagem e Análise Epidemiológica. Já Moultrie é membro do Centro Nacional de Doenças Transmissíveis.
Segundo o portal da revista Época, a análise foi feita a partir de dados coletados pelo sistema de saúde da África do Sul. A base possui cerca de 2,8 milhões de infecções confirmadas, sendo 35.670 suspeitas de reinfecções. Ao identificar a nova cepa, os pesquisadores perceberam um aumento significativo no caso de pessoas que se infectaram com o coronavírus mais de uma vez.
“O perfil de risco de reinfecção da Ômicron é substancialmente maior do que o associado às variantes beta e delta durante a segunda e terceira ondas, com o número de reinfecções caindo muito além dos intervalos de previsão”, diz um trecho do estudo destacado pelo portal.
De acordo com a publicação, os casos de Covid-19 dispararam no território sulafricano. Só na última quinta-feira (2), 11 mil novos diagnósticos foram registrados. Duas semanas atrás, esse índice era de 585 novos casos.