Vacina de Oxford/AstraZeneca tem mais de 70% de eficácia já na primeira dose
André Biernath - Da BBC News Brasil em São Paulo
Vacina de Oxford/AstraZeneca tem mais de 70% de eficácia já na primeira dose

Pesquisadores afirmam que a vacina de Oxford contra a Covid-19 desenvolvida em parceria com a Fiocruz apresenta 70% de eficácia já após a aplicação da primeira dose.

A Fiocruz aguarda a chegada do princípio ativo que virá da China, o IFA, para começar a produzir as doses no Brasil. A previsão é que chegue no final deste mês no Rio de Janeiro.

O plano é entregar 100 milhões de doses até junho e, no segundo semestre, todos os ingredientes estarão sendo produzidos no laboratório de Biomanguinhos.

Até o final deste ano, mais de 110 milhões de doses serão entregues ao Ministério da saúde, totalizando 210 milhões.

A Anvisa já recebeu o pedido para uso emergencial, e deve divulgar sua decisão neste domingo (17) . O imunizante já foi aprovado em sete paísese já foi aplicado em mais de 1 milhão de pessoas.

“Até o momento, não tem nenhuma evidência nesses estudos, que têm um acompanhamento quase que diário dessas pessoas, nenhum evento adverso grave. A gente tem muita segurança”, afirma Marco Krieguer, vice-presidente de Produção e Inovação em Saúde da Fiocruz.

A pesquisadora de Oxford que coordena os ensaios clínicos da vacina no Brasil diz que, já na primeira dose, a eficácia do imunizante chega a 73% e que a proteção contra a Covid-19 acontece cerca de 21 dias após a aplicação da primeira dose.

Intervalo mais longo

Outra boa notícia é que os cientistas constataram que a imunização aumenta quando o intervalo entre as doses é maior, de três meses. Esse intervalo já foi adotado pelo Reino Unido.

“Vinte e dois dias após a primeira dose, já há proteção de 100% contra casos graves e hospitalizações e 70% contra casos moderados e leves. E três meses depois, aplicando uma dose de reforço, o sistema imune é estimulado e com essa estimulação os casos moderados e leves são protegidos em até 80%. Sendo que a proteção contra casos para hospitalização e graves ainda se mantém em 100%”, explicou Sue Ann Clemens, pesquisadora de Oxford.

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