Em reunião com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) na manhã desta quarta-feira (30), representantes da farmacêutica Pfizer afirmaram que só pedirão autorização emergencial para uso da vacina contra o novo coronavírus (Sars-CoV-2) no Brasil caso haja um contrato assinado com o Ministério da Saúde.
Até o momento, o laboratório tem apenas um memorando de entendimento
firmado com o governo brasileiro
. Desde o dia 9 de dezembro, quando o documento foi assinado, não houve avanço significativo em relação ao contrato para aquisição de doses da vacina.
O Ministério da Saúde , por sua vez, afirmou na última quarta-feira que só comprará vacinas que tiverem o aval da Anvisa. Assim, o país está diante de um impasse no que diz respeito à aquisição da vacina produzida pela Pfizer . A negociação em curso prevê a compra de 70 milhões de doses da vacina.
Há duas semanas, a farmacêutica divulgou um comunicado se queixando das exigências feitas pela Anvisa
para solicitação de uso emergencial. Segundo a Pfizer, o Brasil exige "análises específicas" que deixam o processo mais lento
. Na reunião com a Anvisa, nesta quarta-feira, no entanto, a farmacêutica baixou o tom.
Diante da crítica da Pfizer aos trâmites da Anvisa, o secretário executivo do Ministério da Saúde, Élcio Franco, afirmou que as exigências da agência são as mesmas da FDA (Food and Drug Administration), a agência reguladora dos Estados Unidos.
"Nós não nos opomos a qualquer diálogo com a Pfizer. Não temos criado nenhuma dificuldade, apenas primamos pela segurança que solicitem o registro para autorização de uso emergencial
. Essa é a condição para a gente poder adquirir [a vacina] porque teremos o aval da Anvisa", disse o secretário durante coletiva na terça-feira.